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15/03/2002 - 13h47

Mulheres dos trabalhadores mortos na P-36 protestam no Rio

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ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio

As viúvas dos mortos no acidente com a plataforma P-36 da Petrobras, que completa um ano hoje, realizam uma manifestação em frente a sede da empresa, no centro do Rio.

Os parentes das vítimas vestem uma camiseta preta com a seguinte frase: "P-36: Você esqueceu? Nós não".

O momento de maior emoção foi a leitura de um poema por Ivanir Azevedo Couto, viúva de Ernesto de Azevedo Couto.

Um trecho do poema diz "a dor é minha e das famílias, mas a vergonha é nacional".

Indenização
Após um ano, as mulheres dos 11 mortos na P-36 não receberam nenhum tipo de indenização da Petrobras. A empresa diz que não teve não houve dolo no acidente.

As famílias receberam um seguro e ajuda de custo para pagar o estudo dos filhos.

O processo das famílias está na Justiça e cobra a responsabilidade civil da empresa.

Segundo o advogado Mário Sérgio Pinheiro, que representa dez das 11 famílias das vítimas, quer que o processo seja julgado imediatamente. Para Pinheiro, a Petrobras já deixou claro que não pretende pagar indenizações.

O fato de os mortos estarem em local de trabalho é um dos motivos para o pedido da indenização. Todos os relatórios _tanto da ANP (Agência Nacional do Petróleo), e do Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia)_ mostram que a Petrobras contribuiu decisivamente para o acidente.

As indenizações por danos materiais e morais poderão chegar até R$ 50 milhões para cada família, segundo o advogado das vítimas. O valor foi estimado com base na multa ambiental paga pela estatal em acidente ocorrido na Baía de Guanabara.

As viúvas dos 11 mortos na plataforma e o Sindicato dos Petroleiros querem entrar com ação de indenização na Justiça internacional contra o fabricante da válvula defeituosa que teria causado a explosão.

A plataforma foi montada no exterior. Os advogados só aguardam que o nome do fabricante seja revelado para irem aos tribunais.


Leia mais:
  • Viúvas de funcionários da P-36 podem procurar Justiça internacional


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