Publicidade
Publicidade
24/03/2002
-
22h28
do Agora São Paulo
da Folha de S.Paulo
A polícia investiga a possibilidade de o pediatra e psicoterapeuta de adolescentes Eugenio Chipkevitch ter iniciado o suposto abuso de clientes há mais de dois anos. Ele foi preso na quinta-feira sob a acusação de praticar abuso sexual contra menores.
Parte das cenas presentes nas fitas em que o médico apareceria com os jovens teria sido gravada no consultório que Chipkevitch deixou de usar há dois anos.
A suspeita é de Waldir Tabach, investigador-chefe do 51º DP (Butantã). "Há imagens em que eu reconheço o consultório atual, mas em outras o ambiente parece ser do consultório antigo." O consultório atual fica na rua Alcides Ricardini Neves, no Brooklin Novo (zona sul de São Paulo). O anterior fica no mesmo bairro.
Se confirmado que o pediatra começou a praticar abusos sexuais contra pacientes há mais de dois anos, o número de vítimas pode ser maior que o estimado. Com base nas 37 fitas de vídeo apreendidas, a polícia supunha que pelo menos 40 adolescentes poderiam ser vítimas do médico.
A polícia também suspeita que nem todas as supostas vítimas de Chipkevitch eram seus pacientes. Investiga a possibilidade de jovens que auxiliavam o profissional em suas publicações (boletins e revistas) e outras atividades terem sido alvo do profissional.
"Ele tinha outras atividades com um grupo de jovens", afirmou o delegado titular do 51º DP, Virgílio Guerreiro Neto. De acordo com ele, Chipkevitch teve cerca de 3.000 pacientes.
O delegado deve ouvir o médico nesta segunda-feira, no fim da tarde. O promotor José Carlos Blat disse hoje que deveria se encontrar com Guerreiro Neto amanhã.
O pediatra está preso no 13º DP (Casa Verde), onde ficam detentos com curso superior. Ele recebeu a visita de pelo menos dois advogados, segundo policiais do distrito. Mas o suspeito ainda não tinha, até o fim da tarde, um defensor nomeado. Uma empregada de Chipkevitch também esteve no local para entregar roupas, disseram policiais.
O médico está sozinho em uma cela por precaução. Policiais disseram que aparenta calma e fala pouco. Reclamou, segundo esses policiais, que sofre um "massacre" da imprensa.
Ainda de acordo com a polícia, ele não tem parentes no Brasil _o pediatra nasceu na Ucrânia e veio com os pais para o país aos 15 anos. O filho adotivo do pediatra, informou a polícia, já estava sob a guarda temporária da mãe antes do início do escândalo.
Segundo apurou a Folha de S.Paulo, as autoridades já tiveram acesso a algumas mensagens enviadas por Chipkevitch de seu e-mail. Em nenhuma havia conteúdo que indicasse vinculação com pedofilia.
Leia mais:
Pediatra acusado de pedofilia recebe advogados
Fitas foram decisivas para a suspensão do pediatra, diz Cremesp
Cremesp suspende exercício profissional de médico pediatra
Médico ainda não tem defensor
Sedativos são encontrados no lixo do consultório de Eugenio Chipkevitch
Polícia investiga elo de Eugenio Chipkevitch com rede de pedofilia
Secretária de pediatra se diz surpresa com denúncias de pedofilia
Famílias procuram polícia para acusar pediatra de abuso sexual
Secretária de pediatra se diz surpresa com denúncias de pedofilia
Cremesp abre sindicância e reúne junta médica para avaliar pediatra
Sociedade de Pediatria diz estar chocada com acusações contra médico
Polícia faz busca em consultório de pediatra para identificar vítimas
Pais procuram polícia para falar sobre pediatra preso sob acusação de pedofilia
Médico preso sob acusação de pedofilia afirma "não saber do que se trata"
Polícia de São Paulo prende médico acusado de pedofilia
Pediatra pode ter iniciado suposto abuso de menores há 2 anos
Publicidade
da Folha de S.Paulo
A polícia investiga a possibilidade de o pediatra e psicoterapeuta de adolescentes Eugenio Chipkevitch ter iniciado o suposto abuso de clientes há mais de dois anos. Ele foi preso na quinta-feira sob a acusação de praticar abuso sexual contra menores.
Parte das cenas presentes nas fitas em que o médico apareceria com os jovens teria sido gravada no consultório que Chipkevitch deixou de usar há dois anos.
A suspeita é de Waldir Tabach, investigador-chefe do 51º DP (Butantã). "Há imagens em que eu reconheço o consultório atual, mas em outras o ambiente parece ser do consultório antigo." O consultório atual fica na rua Alcides Ricardini Neves, no Brooklin Novo (zona sul de São Paulo). O anterior fica no mesmo bairro.
Se confirmado que o pediatra começou a praticar abusos sexuais contra pacientes há mais de dois anos, o número de vítimas pode ser maior que o estimado. Com base nas 37 fitas de vídeo apreendidas, a polícia supunha que pelo menos 40 adolescentes poderiam ser vítimas do médico.
A polícia também suspeita que nem todas as supostas vítimas de Chipkevitch eram seus pacientes. Investiga a possibilidade de jovens que auxiliavam o profissional em suas publicações (boletins e revistas) e outras atividades terem sido alvo do profissional.
"Ele tinha outras atividades com um grupo de jovens", afirmou o delegado titular do 51º DP, Virgílio Guerreiro Neto. De acordo com ele, Chipkevitch teve cerca de 3.000 pacientes.
O delegado deve ouvir o médico nesta segunda-feira, no fim da tarde. O promotor José Carlos Blat disse hoje que deveria se encontrar com Guerreiro Neto amanhã.
O pediatra está preso no 13º DP (Casa Verde), onde ficam detentos com curso superior. Ele recebeu a visita de pelo menos dois advogados, segundo policiais do distrito. Mas o suspeito ainda não tinha, até o fim da tarde, um defensor nomeado. Uma empregada de Chipkevitch também esteve no local para entregar roupas, disseram policiais.
O médico está sozinho em uma cela por precaução. Policiais disseram que aparenta calma e fala pouco. Reclamou, segundo esses policiais, que sofre um "massacre" da imprensa.
Ainda de acordo com a polícia, ele não tem parentes no Brasil _o pediatra nasceu na Ucrânia e veio com os pais para o país aos 15 anos. O filho adotivo do pediatra, informou a polícia, já estava sob a guarda temporária da mãe antes do início do escândalo.
Segundo apurou a Folha de S.Paulo, as autoridades já tiveram acesso a algumas mensagens enviadas por Chipkevitch de seu e-mail. Em nenhuma havia conteúdo que indicasse vinculação com pedofilia.
Leia mais:
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice