Publicidade
Publicidade
15/04/2002
-
04h54
da Folha de S.Paulo
Depois de 29 anos trabalhando em presídios com detentos de alta periculosidade, o agente penitenciário Nelson Maurício Santos, 52, afirma sentir-se "no céu" em Osvaldo Cruz.
Com as chaves na mão do portão de entrada onde está instalado o detector de metais, pelo qual todos têm de passar antes de entrar na ala onde ficam as celas, Santos se diz um homem sossegado.
Há pouco mais de um mês ele e outros colegas foram transferidos da Casa de Detenção, na capital paulista, onde trabalhavam, para o novo presídio destinado a presos que cometeram crimes sexuais.
Em São Paulo, Santos enfrentou rebeliões. Em uma delas, o agente penitenciário ficou 24 horas como refém, ameaçado o tempo todo por facas improvisadas e estiletes.
Interior
Quando surgiu a oportunidade de ir morar no interior, Santos não pensou duas vezes. A mulher, quatro dos cinco filhos e os dois netos preferiram ficar em Embu das Artes, na Grande São Paulo, onde tem uma casa. O agente e a filha mais nova, de 19 anos, mudaram-se para o interior do Estado.
Em Osvaldo Cruz, Santos diz que tem a sensação de pertencer à classe média. "Aqui, quando entro numa loja e digo que sou agente penitenciário, sou recebido como rei e todos me respeitam."
Ele conta que alugou uma casa ampla, com dois dormitórios, na rua principal da cidade, e paga um aluguel de R$ 180. "Não foi necessário nem fiador."
Seus planos são simples: esperar a aposentadoria, que chegará daqui a dois anos e meio, e fazer a inscrição da filha no clube da cidade.
Sem rebelião
A tranquilidade de Santos e dos demais funcionários do presídio de Osvaldo Cruz justifica-se, de acordo com eles, porque "dificilmente os detentos farão uma rebelião, pois sabem que, se o fizerem, serão transferidos para cadeias com outros tipos de criminosos; além disso, eles não participam de quadrilhas e nenhum bando virá resgatá-los".
Agente penitenciário diz estar "no céu"
Publicidade
Depois de 29 anos trabalhando em presídios com detentos de alta periculosidade, o agente penitenciário Nelson Maurício Santos, 52, afirma sentir-se "no céu" em Osvaldo Cruz.
Com as chaves na mão do portão de entrada onde está instalado o detector de metais, pelo qual todos têm de passar antes de entrar na ala onde ficam as celas, Santos se diz um homem sossegado.
Há pouco mais de um mês ele e outros colegas foram transferidos da Casa de Detenção, na capital paulista, onde trabalhavam, para o novo presídio destinado a presos que cometeram crimes sexuais.
Em São Paulo, Santos enfrentou rebeliões. Em uma delas, o agente penitenciário ficou 24 horas como refém, ameaçado o tempo todo por facas improvisadas e estiletes.
Interior
Quando surgiu a oportunidade de ir morar no interior, Santos não pensou duas vezes. A mulher, quatro dos cinco filhos e os dois netos preferiram ficar em Embu das Artes, na Grande São Paulo, onde tem uma casa. O agente e a filha mais nova, de 19 anos, mudaram-se para o interior do Estado.
Em Osvaldo Cruz, Santos diz que tem a sensação de pertencer à classe média. "Aqui, quando entro numa loja e digo que sou agente penitenciário, sou recebido como rei e todos me respeitam."
Ele conta que alugou uma casa ampla, com dois dormitórios, na rua principal da cidade, e paga um aluguel de R$ 180. "Não foi necessário nem fiador."
Seus planos são simples: esperar a aposentadoria, que chegará daqui a dois anos e meio, e fazer a inscrição da filha no clube da cidade.
Sem rebelião
A tranquilidade de Santos e dos demais funcionários do presídio de Osvaldo Cruz justifica-se, de acordo com eles, porque "dificilmente os detentos farão uma rebelião, pois sabem que, se o fizerem, serão transferidos para cadeias com outros tipos de criminosos; além disso, eles não participam de quadrilhas e nenhum bando virá resgatá-los".
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice