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17/04/2002
-
00h30
da Folha Online,
da Folha de S.Paulo
O diretório municipal do PT decidiu na noite desta terça-feira, por 30 votos a 12, expulsar o vereador Carlos Giannazi, que desafiou o governo ao manter posição contrária à proposta de incluir novos gastos na verba obrigatória da educação.
Após o anúncio da decisão, pouco antes da meia-noite, cerca de 300 militantes, que estavam no local desde o início da votação, invadiram o diretório, na Vila Mariana (zona sul), e começaram um quebra-quebra. O secretário municipal dos Transportes, Carlos Zarattini, foi agredido e ficou com o nariz sangrando. Manifestantes também tentaram atingir o vereador João Antônio.
"Este é o dia mais triste da minha vida", disse o vereador Giannazi após saber da decisão. Ele deve recorrer ao diretório estadual do partido.
O vereador já havia sido suspenso do PT pelo diretório municipal. Na opinião de Giannazi, que foi presidente da CPI da Educação da Câmara Municipal, a inclusão de gastos com uniformes e projetos sociais como Renda Mínima, Bolsa Trabalho e Começar de Novo diminuem o percentual de investimento em educação de 30% para 25%.
Desde que a comissão de ética sugeriu sua expulsão, na semana passada, ele procurou lideranças do PT para tentar reverter o quadro.
Giannazi conseguiu o apoio de personalidades como o presidente da Câmara, José Eduardo Martins Cardozo, e o presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que se colocaram contra a expulsão.
O clima foi tenso durante toda a reunião, que contou com a participação dos 45 membros do diretório municipal, mais o líder da bancada do partido na Câmara Municipal, Arselino Tato.
Até meia-noite e meia, o presidente do diretório municipal, Ítalo Cardoso, que era favorável à expulsão, e petistas ligados ao governo continuavam na sede do diretório na tentativa de evitar novos confrontos com os partidários de Giannazi, que permaneciam do lado de fora.
O deputado estadual Wagner Lino (PT), presente na manifestação contrária à expulsão, foi um dos parlamentares que se colocou contra a posição da comissão de ética do partido. "Gianazzi defendeu as idéias da maioria dos educadores e do próprio PT." Lino afirmou ainda, (antes da decisão) que a eventual expulsão do vereador seria "uma decisão arbitrária".
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PT decide expulsar vereador que votou contra o partido
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da Folha de S.Paulo
O diretório municipal do PT decidiu na noite desta terça-feira, por 30 votos a 12, expulsar o vereador Carlos Giannazi, que desafiou o governo ao manter posição contrária à proposta de incluir novos gastos na verba obrigatória da educação.
Após o anúncio da decisão, pouco antes da meia-noite, cerca de 300 militantes, que estavam no local desde o início da votação, invadiram o diretório, na Vila Mariana (zona sul), e começaram um quebra-quebra. O secretário municipal dos Transportes, Carlos Zarattini, foi agredido e ficou com o nariz sangrando. Manifestantes também tentaram atingir o vereador João Antônio.
"Este é o dia mais triste da minha vida", disse o vereador Giannazi após saber da decisão. Ele deve recorrer ao diretório estadual do partido.
O vereador já havia sido suspenso do PT pelo diretório municipal. Na opinião de Giannazi, que foi presidente da CPI da Educação da Câmara Municipal, a inclusão de gastos com uniformes e projetos sociais como Renda Mínima, Bolsa Trabalho e Começar de Novo diminuem o percentual de investimento em educação de 30% para 25%.
Desde que a comissão de ética sugeriu sua expulsão, na semana passada, ele procurou lideranças do PT para tentar reverter o quadro.
Giannazi conseguiu o apoio de personalidades como o presidente da Câmara, José Eduardo Martins Cardozo, e o presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, que se colocaram contra a expulsão.
O clima foi tenso durante toda a reunião, que contou com a participação dos 45 membros do diretório municipal, mais o líder da bancada do partido na Câmara Municipal, Arselino Tato.
Até meia-noite e meia, o presidente do diretório municipal, Ítalo Cardoso, que era favorável à expulsão, e petistas ligados ao governo continuavam na sede do diretório na tentativa de evitar novos confrontos com os partidários de Giannazi, que permaneciam do lado de fora.
O deputado estadual Wagner Lino (PT), presente na manifestação contrária à expulsão, foi um dos parlamentares que se colocou contra a posição da comissão de ética do partido. "Gianazzi defendeu as idéias da maioria dos educadores e do próprio PT." Lino afirmou ainda, (antes da decisão) que a eventual expulsão do vereador seria "uma decisão arbitrária".
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