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28/05/2002
-
13h28
da Folha Online
A Gravadora EMI, do cantor Belo, divulgou nota na qual contesta a análise da fita que conteria um conversa entre o cantor e o traficante Valdir Ferreira, o Vado, feita pelo perito Ricardo Molina.
A gravadora diz que há falhas no processo de investigação e que "nomeou-se um perito não-oficial para efetuar a perícia, o que não é comum". Molina trabalhou na Unicamp (Universidade de Campinas) e tem seu próprio laboratório.
O chefe da Polícia Civil do Rio, Zaqueu Teixeira, afirmou que a nomeação do perito foi feita pela juíza responsável por analisar o processo. "Ele foi o perito do juízo, que é oficial", disse.
Molina afirmou não ter dúvida de que a voz que aparece na fita é do cantor. "Contestar é um direito da defesa", disse o perito. "A análise foi feita com todo rigor técnico e tem fundamento científico."
No diálogo, segundo a polícia, o cantor aceita dar R$ 11 mil ao traficante, que quer comprar drogas ("um tecido fino"). Em troca, Belo pede um tênis AR, que a polícia interpreta como fuzil AR-15.
O chefe de polícia afirmou que Belo será indiciado por ligação com o tráfico, crime que prevê pena de 3 a 10 anos de reclusão. Teixeira disse que a polícia poderá pedir a prisão do cantor no decorrer das investigações, caso o delegado responsável pelo inquérito achar necessário.
Ele disse também que a polícia vai pedir a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Belo.
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Gravadora de Belo contesta análise de fita feita pelo perito Molina
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A Gravadora EMI, do cantor Belo, divulgou nota na qual contesta a análise da fita que conteria um conversa entre o cantor e o traficante Valdir Ferreira, o Vado, feita pelo perito Ricardo Molina.
Juca Varella/Folha Imagem O cantor Belo |
O chefe da Polícia Civil do Rio, Zaqueu Teixeira, afirmou que a nomeação do perito foi feita pela juíza responsável por analisar o processo. "Ele foi o perito do juízo, que é oficial", disse.
Molina afirmou não ter dúvida de que a voz que aparece na fita é do cantor. "Contestar é um direito da defesa", disse o perito. "A análise foi feita com todo rigor técnico e tem fundamento científico."
No diálogo, segundo a polícia, o cantor aceita dar R$ 11 mil ao traficante, que quer comprar drogas ("um tecido fino"). Em troca, Belo pede um tênis AR, que a polícia interpreta como fuzil AR-15.
O chefe de polícia afirmou que Belo será indiciado por ligação com o tráfico, crime que prevê pena de 3 a 10 anos de reclusão. Teixeira disse que a polícia poderá pedir a prisão do cantor no decorrer das investigações, caso o delegado responsável pelo inquérito achar necessário.
Ele disse também que a polícia vai pedir a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Belo.
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