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CPI da Pedofilia ouve depoimentos em Catanduva (SP) e pedirá apuração sobre erro de delegada
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da Agência Brasil
da Folha Online
A CPI da Pedofilia realiza nesta quinta-feira em Catanduva (385 km de São Paulo) a segunda sessão da audiência pública para ouvir suspeitos e vítimas de uma suposta rede de pedofilia na cidade. O senador Magno Malta (PR-ES), presidente da comissão, afirmou que será pedida investigação sobre erros cometidos pela delegada Rosana da Silva Vani durante a investigação.
A sessão começou por volta das 10h50, quando o senador convidou uma das mães de supostas vítimas para prestar depoimento. Ao menos 40 crianças teriam sido vítimas do esquema.
Oito suspeitos de pedofilia em Catanduva também devem ser ouvidos hoje. Entre eles estão dois homens que eram considerados foragidos até ontem, mas tiveram os pedidos de prisão temporária revogados pelo desembargador Antonio Luiz Pires Neto, da 2ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Investigação
A CPI vai pedir à Corregedoria da Polícia Civil do Estado uma investigação sobre a atuação da delegada Rosana da Silva Vani. Ela disse ontem (18) que errou durante o inquérito.
Em depoimento na audiência pública da CPI, Rosana disse ter avisado ao advogado de defesa que a polícia faria uma diligência na casa de um dos suspeitos em busca de provas que poderiam ligá-lo à suposta rede de pedofilia existente no município.
"Certamente, essa atitude vai redundar na impunidade de muita gente", afirmou Malta. "A CPI fará uma representação contra a delegada e pedirá uma investigação interna sobre as atitudes dela."
A audiência pública termina amanhã. Crianças que teriam sido vítimas de pedofilia serão ouvidas reservadamente.
Caso
O caso da existência de uma suposta rede de pedofilia passou a ser investigado após o diretor da escola --que será ouvido pelos integrantes da CPI-- estranhar o comportamento e rendimento apresentados por alguns alunos em sala de aula --um menino chegou a entrar em estado de choque. A Polícia Civil investiga o caso desde o ano passado.
De acordo com investigações da CPI da Pedofilia, seis mães de vítimas relataram à juíza que seus filhos "teriam sido levados a uma casa de classe média alta, onde havia quartos com banheiras e piscina", relatando ainda a existência de uma "caminhonete de luxo preta, que buscava as crianças na porta da escola para levá-las aos locais dos abusos sexuais".
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