Publicidade
Publicidade
30/07/2002
-
18h48
ADRIANA CHAVES
da Agência Folha
Uma babá foi flagrada espancando três crianças, em Aparecida de Goiânia (GO). As cenas foram gravadas no sábado pelos pais dos garotos. As imagens mostram, inclusive, a mulher batendo em um bebê que estava no berço.
A babá Divina Elaine Leite, 27, sofreu hoje agressões físicas ao deixar a casa na qual trabalhava.
Com base nas cenas de espancamento, a Comissão de Direitos Humanos da OAB-GO (Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás) protocolou uma representação judicial contra Divina por crime de tortura.
Ela foi denunciada pela gravação do circuito interno da casa onde cuidava das crianças. Em 12 horas de fita, Divina aparece agredindo com socos e tapas os filhos do casal João Batista Barbosa da Silva e Carla Fernanda Alves dos Santos _com idades de seis meses, 2 e 8 anos.
Desconfiando do comportamento dos filhos, sempre assustados e agressivos, o empresário Barbosa decidiu instalar duas câmeras, uma na sala e outra no quarto, para verificar o que acontecia no local na ausência do casal.
"Ela agredia o menino de 2 anos para forçá-lo a dormir, não o deixava brincar. Quando um deles não queria comer, ela enfiava a comida com toda a força na boca da criança e ainda torcia a colher", disse Barbosa.
Após constatar as agressões, menos de 24 horas após a captação das imagens, o empresário tentou prestar queixa em duas delegacias do município para caracterizar flagrante. Nelas, apenas foi orientado a procurar a Dicca (Delegacia de Investigação de Crimes contra a Criança e o Adolescente).
"Como a Dicca não funciona no domingo, e eu queria dar um flagrante na babá, resolvi mantê-la em casa, fingindo que nada estava acontecendo. Desligamos os aparelhos de rádio e TV."
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-GO, Ivan Ornelas, disse que também teve problemas para conseguir uma ordem judicial contra a babá. "Ontem mesmo eu tentei convencer algum juiz ou promotor a decretar a prisão da babá e não consegui. Ela tentou enforcar a menina mais velha. Além de caracterizada a tortura, ela não tem residência fixa, mora com uma irmã."
"Na representação criminal constam as fitas, que são provas fortes, além de um relatório assinado por uma médica que atendeu as crianças logo após as agressões, constatando escoriações e lesões", disse Ornelas
Divina só ficou sabendo da acusação contra ela no começo da tarde, ainda na casa de Barbosa, quando recebeu a intimação da 4ª Delegacia de Polícia de Goiânia para prestar depoimento nesta quarta-feira.
Ao deixar o local, a babá passou a ser seguida por um grupo de aproximadamente 30 pessoas, a maioria formada por adolescentes e crianças, e acabou sendo agredida com socos e pontapés por um jovem não identificado. Um motoqueiro que passava pela região acabou por socorrê-la, levando-a para a casa da irmã.
A babá não foi localizada, por telefone, pela reportagem, para comentar o caso. Em entrevista a uma rádio local, negou as agressões, dizendo que "corrigia as crianças e, como tinha muita coisa para fazer, colocava os pequenos de castigo para não fazerem bagunça".
Divina trabalhava há oito meses com a família e recebia R$ 250 por mês.
Babá é acusada de espancar três crianças em Goiás
Publicidade
da Agência Folha
Uma babá foi flagrada espancando três crianças, em Aparecida de Goiânia (GO). As cenas foram gravadas no sábado pelos pais dos garotos. As imagens mostram, inclusive, a mulher batendo em um bebê que estava no berço.
A babá Divina Elaine Leite, 27, sofreu hoje agressões físicas ao deixar a casa na qual trabalhava.
Com base nas cenas de espancamento, a Comissão de Direitos Humanos da OAB-GO (Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás) protocolou uma representação judicial contra Divina por crime de tortura.
Ela foi denunciada pela gravação do circuito interno da casa onde cuidava das crianças. Em 12 horas de fita, Divina aparece agredindo com socos e tapas os filhos do casal João Batista Barbosa da Silva e Carla Fernanda Alves dos Santos _com idades de seis meses, 2 e 8 anos.
Desconfiando do comportamento dos filhos, sempre assustados e agressivos, o empresário Barbosa decidiu instalar duas câmeras, uma na sala e outra no quarto, para verificar o que acontecia no local na ausência do casal.
"Ela agredia o menino de 2 anos para forçá-lo a dormir, não o deixava brincar. Quando um deles não queria comer, ela enfiava a comida com toda a força na boca da criança e ainda torcia a colher", disse Barbosa.
Após constatar as agressões, menos de 24 horas após a captação das imagens, o empresário tentou prestar queixa em duas delegacias do município para caracterizar flagrante. Nelas, apenas foi orientado a procurar a Dicca (Delegacia de Investigação de Crimes contra a Criança e o Adolescente).
"Como a Dicca não funciona no domingo, e eu queria dar um flagrante na babá, resolvi mantê-la em casa, fingindo que nada estava acontecendo. Desligamos os aparelhos de rádio e TV."
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-GO, Ivan Ornelas, disse que também teve problemas para conseguir uma ordem judicial contra a babá. "Ontem mesmo eu tentei convencer algum juiz ou promotor a decretar a prisão da babá e não consegui. Ela tentou enforcar a menina mais velha. Além de caracterizada a tortura, ela não tem residência fixa, mora com uma irmã."
"Na representação criminal constam as fitas, que são provas fortes, além de um relatório assinado por uma médica que atendeu as crianças logo após as agressões, constatando escoriações e lesões", disse Ornelas
Divina só ficou sabendo da acusação contra ela no começo da tarde, ainda na casa de Barbosa, quando recebeu a intimação da 4ª Delegacia de Polícia de Goiânia para prestar depoimento nesta quarta-feira.
Ao deixar o local, a babá passou a ser seguida por um grupo de aproximadamente 30 pessoas, a maioria formada por adolescentes e crianças, e acabou sendo agredida com socos e pontapés por um jovem não identificado. Um motoqueiro que passava pela região acabou por socorrê-la, levando-a para a casa da irmã.
A babá não foi localizada, por telefone, pela reportagem, para comentar o caso. Em entrevista a uma rádio local, negou as agressões, dizendo que "corrigia as crianças e, como tinha muita coisa para fazer, colocava os pequenos de castigo para não fazerem bagunça".
Divina trabalhava há oito meses com a família e recebia R$ 250 por mês.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice