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20/05/2009 - 12h38

Polícia indicia por homicídio culposo médico acusado de erro no Rio

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DIANA BRITO
Colaboração para a Folha Online, no Rio

O neurocirurgião Pedro Ricardo Mendes, acusado de operar o lado errado do cérebro da dona de casa Verônica Cristina do Rego Barros, foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção) pela 22ª DP (Penha). A vítima morreu no dia 7 de março deste ano, após ser submetida a uma cirurgia para a retirada de um coágulo no lado esquerdo do cérebro, mas a operação teria sido realizada no lado errado da cabeça.

"O ato de operar o lado errado e as complicações decorrentes dessa cirurgia com a lesão que a moça já apresentava corroboraram com o evento morte dela. Esse ato negligente dele [médico] está sendo imputado como responsabilidade da morte", afirmou à Folha Online o delegado titular da 22ª DP (Penha), Felipe Renato Ettore.

O delegado também ressaltou que os outros médicos envolvidos no caso não serão culpados. Para Ettore, a responsabilidade pela morte da paciente é somente do neurocirurgião.

"A responsabilidade penal pelo fato foi exclusivamente dele [Mendes]. Ele teve acesso as tomografias e teria como definir o lado correto para operar, mas operou o lado errado e depois não verificou o erro", disse Ettore.

O delegado enviou nesta semana o relatório sobre o caso para o Ministério Público Estadual. O neurocirurgião vai responder o processo em liberdade e, se for responsabilizado pelo erro médico, poderá pegar até quatro anos de prisão, afirmou o delegado.

O presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, lamentou a conclusão da polícia sobre o caso e disse que o delegado não pode afirmar se houve um erro médico. "A opinião do delegado é insuficiente porque quem julga erro médico é o Conselho Regional de Medicina [Cremerj]. É lamentável que isso tenha ocorrido", disse.

Darze também criticou o delegado. "Ele é tão rápido para apontar o erro do médico e não aponta o responsável pela causa do traumatismo craniano da paciente". A polícia ainda apura se as lesões de Verônica ocorreram devido a um incidente após discussão com o marido.

A Folha Online não conseguiu falar com o neurocirurgião acusado. O Cremerj informou que ainda não vai se manifestar.

 

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