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14/08/2002
-
12h53
Saiba por que uma mancha ou imagem pode aparecer num vidro
RICARDO FELTRIN
Editor-chefe da Folha Online
O vidro é um material muito particular, que pode abrigar inúmeras reações químicas durante sua fabricação. Trata-se de uma das substâncias mais "curiosas" da natureza (sim, o vidro é encontrado em estado natural, especialmente em regiões vulcânicas).
Composto por quartzo (sílica), carbonato de cálcio e carbonato de sódio fundidos, o vidro é também definido como "um líquido em estado de superfusão".
Ao contrário dos minerais que o compõem e, mais especificamente, os cristais (a quem imita), o vidro não tem estrutura cristalográfica.
Esse é um dos motivos pelos quais qualquer agente externo _uma sujeirinha, um vapor de água, um gás "que estava passando" bem ali na hora em que o vidro (que vai virar uma futura janela, vá lá) estava sendo feito_ pode gerar alterações em sua aparência.
É por causa da estrutura que, por exemplo, quando você quebra um cristal de quartzo (desses que grassam em montanhas no sul de Minas), o pedaço quebrado é muito "parecido" com o pedaço maior de onde saiu.
Já com o vidro não é assim: derrube uma placa desse material no chão e ela se espatifará em pedacinhos absolutamente diferentes uns dos outros.
Outro exemplo, menos visível: se você deixasse um copo imóvel num local por algumas centenas de anos e alguém encontrasse esse copo, veria que ele ficou todo deformado. Isso porque as partículas do vidro estão em movimento _como um líquido escorrendo de forma muuuuuito lenta.
Dada essa natureza, não é nem um pouco incomum que durante o processo de fabricação surjam bolhas, deformações ou uma coloração não-intencional.
E até _mas isso deve ser algo estatisticamente muito raro_ a imagem de uma santa.
Ricardo Feltrin é técnico em cerâmica química, formado pelo Senai.
Leia mais:
Mancha em janela não é santa e sim reação do vidro, diz laudo
Saiba por que uma mancha ou imagem pode aparecer num vidro
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RICARDO FELTRIN
Editor-chefe da Folha Online
O vidro é um material muito particular, que pode abrigar inúmeras reações químicas durante sua fabricação. Trata-se de uma das substâncias mais "curiosas" da natureza (sim, o vidro é encontrado em estado natural, especialmente em regiões vulcânicas).
Composto por quartzo (sílica), carbonato de cálcio e carbonato de sódio fundidos, o vidro é também definido como "um líquido em estado de superfusão".
Ao contrário dos minerais que o compõem e, mais especificamente, os cristais (a quem imita), o vidro não tem estrutura cristalográfica.
Esse é um dos motivos pelos quais qualquer agente externo _uma sujeirinha, um vapor de água, um gás "que estava passando" bem ali na hora em que o vidro (que vai virar uma futura janela, vá lá) estava sendo feito_ pode gerar alterações em sua aparência.
É por causa da estrutura que, por exemplo, quando você quebra um cristal de quartzo (desses que grassam em montanhas no sul de Minas), o pedaço quebrado é muito "parecido" com o pedaço maior de onde saiu.
Já com o vidro não é assim: derrube uma placa desse material no chão e ela se espatifará em pedacinhos absolutamente diferentes uns dos outros.
Outro exemplo, menos visível: se você deixasse um copo imóvel num local por algumas centenas de anos e alguém encontrasse esse copo, veria que ele ficou todo deformado. Isso porque as partículas do vidro estão em movimento _como um líquido escorrendo de forma muuuuuito lenta.
Dada essa natureza, não é nem um pouco incomum que durante o processo de fabricação surjam bolhas, deformações ou uma coloração não-intencional.
E até _mas isso deve ser algo estatisticamente muito raro_ a imagem de uma santa.
Ricardo Feltrin é técnico em cerâmica química, formado pelo Senai.
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