Dois cientistas franceses retornavam a Paris no voo AF 447 após colóquio na Bahia

Dois pesquisadores franceses do CNRS (Centro Nacional para a Pesquisa Científica da França) estavam no voo 447 da Air France que desapareceu no Atlântico no último domingo (31). Ivan Lorgeré, 41, e Olivier Guillot-Noël, 37, voltavam de um colóquio franco-brasileiro, segundo nota do CNRS em seu site.

O colóquio, ocorrido em Salvador, na Bahia, comemorava o trigésimo aniversário do programa de intercâmbio entre o Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior) e o Cofecub (Comitê Francês de Avaliação da Cooperação Universitária e Científica com o Brasil). O evento faz parte das celebrações do ano do França no Brasil.

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Os dois cientistas eram autores de um projeto de pesquisa que tinha acabado de receber financiamento do convênio entre Capes e Cofecub.

Ivan Lorgeré trabalhava como pesquisador de primeira classe do CNRS, em laboratório especializado em óptica e materiais para o tratamento da informação. Ele era casado com Pérola Milman, também pesquisadora do CNRS, e pai de duas crianças.

Olivier Guillot-Noël era também pesquisador de primeira classe do CNRS. Ele trabalhava no laboratório de química de matéria condensada, e era especialista na elaboração de análises de materiais ionizados para manipulação óptica da informação. O pesquisador tinha uma filha.

O voo 447 da Air France desapareceu sobre o oceano Atlântico na noite de domingo (31), com 228 pessoas a bordo --216 passageiros e 12 tripulantes. De acordo com a empresa, há 58 brasileiros e 61 franceses entre os ocupantes.

O avião decolou por volta das 19h do aeroporto Tom Jobim, no Rio, com destino a Paris e fez o último contato com o comando aéreo brasileiro por volta das 22h30 de domingo.