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28/08/2002
-
18h45
da Folha de S.Paulo, no Rio
A polícia do Rio estuda a possibilidade de instaurar inquérito para apurar a suposta prática de favorecimento ao tráfico de drogas pelos diretores do filme "Cidade de Deus", Fernando Meirelles e Katia Lund.
Hoje, os dois não compareceram à DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) para prestar depoimento, marcado para as 14h. Por volta das 16h, o advogado José Carlos Fragoso enviou carta ao delegado Luiz Alberto Cunha de Andrade informando que os cineastas estão viajando e que só voltarão ao Rio em setembro. Meirelles, no dia 12. Katia, no dia 14.
O delegado disse que consultará o chefe da Polícia Civil, Zaqueu Teixeira, sobre a possibilidade de instaurar o inquérito. A instauração garantiria, segundo ele, que os diretores prestassem as declarações.
"Uma vez instaurado, eles serão intimados a depor. Caso não compareçam, responderão por desobediência policial", disse o delegado.
Os depoimentos foram marcados pela polícia depois da prisão do traficante Paulo Sérgio Savino Magno, 28, o Pequeno, na pré-estréia do filme, na semana passada. Pequeno é o gerente do tráfico na favela Cidade Alta (zona norte), onde ocorreram parte das filmagens.
A inspetora Marina Maggessi disse que os depoimentos de Meirelles e Katia são fundamentais para a prisão do traficante Gilberto Martins, o Mineiro, que comanda o tráfico na Cidade Alta e está em liberdade condicional.
"Não estamos interessados nos dois [Meirelles e Lund]. Não me interessa enquadrá-los em favorecimento pessoal ou em nenhum outro delito. O que eu quero é a prisão do Mineiro", disse Marina.
A investigadora disse ainda que, caso os depoimentos demorem a ser tomados, ela usará as declarações de Meirelles aos sites Parabólica e do filme "Cidade de Deus" para pedir à Justiça a prisão preventiva do traficante.
Nas entrevistas, o diretor diz que pediu autorização a um traficante da Cidade Alta para filmar na favela.
Conheça o filme "Cidade de Deus"
Polícia pode instaurar inquérito contra diretores de "Cidade de Deus"
SABRINA PETRYda Folha de S.Paulo, no Rio
A polícia do Rio estuda a possibilidade de instaurar inquérito para apurar a suposta prática de favorecimento ao tráfico de drogas pelos diretores do filme "Cidade de Deus", Fernando Meirelles e Katia Lund.
Hoje, os dois não compareceram à DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) para prestar depoimento, marcado para as 14h. Por volta das 16h, o advogado José Carlos Fragoso enviou carta ao delegado Luiz Alberto Cunha de Andrade informando que os cineastas estão viajando e que só voltarão ao Rio em setembro. Meirelles, no dia 12. Katia, no dia 14.
O delegado disse que consultará o chefe da Polícia Civil, Zaqueu Teixeira, sobre a possibilidade de instaurar o inquérito. A instauração garantiria, segundo ele, que os diretores prestassem as declarações.
"Uma vez instaurado, eles serão intimados a depor. Caso não compareçam, responderão por desobediência policial", disse o delegado.
Os depoimentos foram marcados pela polícia depois da prisão do traficante Paulo Sérgio Savino Magno, 28, o Pequeno, na pré-estréia do filme, na semana passada. Pequeno é o gerente do tráfico na favela Cidade Alta (zona norte), onde ocorreram parte das filmagens.
A inspetora Marina Maggessi disse que os depoimentos de Meirelles e Katia são fundamentais para a prisão do traficante Gilberto Martins, o Mineiro, que comanda o tráfico na Cidade Alta e está em liberdade condicional.
"Não estamos interessados nos dois [Meirelles e Lund]. Não me interessa enquadrá-los em favorecimento pessoal ou em nenhum outro delito. O que eu quero é a prisão do Mineiro", disse Marina.
A investigadora disse ainda que, caso os depoimentos demorem a ser tomados, ela usará as declarações de Meirelles aos sites Parabólica e do filme "Cidade de Deus" para pedir à Justiça a prisão preventiva do traficante.
Nas entrevistas, o diretor diz que pediu autorização a um traficante da Cidade Alta para filmar na favela.
Conheça o filme "Cidade de Deus"
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