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11/09/2002
-
18h10
Policiais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (BOPE) poderão invadir a qualquer momento o presídio Bangu 1. A ordem foi dada pela governadora Benedita da Silva ter conversado por telefone com o presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a gravidade da situação.
A assessoria da governadora Benedita da Silva informou há pouco que, apesar de ela já ter autorizado a invasão do presídio, a ordem ainda não foi acatada porque integrantes do sindicato dos agentes penitenciários estão na porta impedindo a entrada policial.
Segundo a Agência Brasil, o assessor de imprensa da governadora, Chico Júnior, adiantou também que a governadora já autorizou o que chamou de "retomada do poder dentro das instalações do presídio Laércio da Costa Pelegrino [o Complexo Penitenciário de Bangu], que é uma dependência pública estadual, ou seja, entrar nas unidades e libertar os reféns".
A ordem partiu mesmo com as ameaças dos rebelados de explodir dois botijões de gás onde os oito reféns, funcionários do presídio e operários que trabalhavam em uma obra no local, estão amarrados.
A rebelião começou por volta das 8h30.
Os rebelados fizeram duas reivindicações à cúpula da Segurança Pública do Rio: eles pedem a garantia de que não haverá agressões físicas aos presos após o motim e que os líderes da rebelião não sejam transferidos para fora do Estado.
A Secretaria de Segurança Pública concordou com a primeira cláusula, mas ainda estuda a segunda.
Do lado de fora do complexo a movimentação é muito intensa. Viaturas de vários órgãos de elite das polícias militar e civil estão no local aguardando orientações.
Guerra aos rivais
O motim começou no início da manhã, depois que presos supostamente liderados por Fernandinho Beira-Mar, ligados ao Comando Vermelho, atacaram rivais da facção ADA (Amigos dos Amigos). Pelo menos seis pessoas morreram.
Entre os mortos estão Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, Wanderley Soares, o Orelha, e Carlos Roberto da Silva, o Robertinho do Adeus _cunhado de Uê_, Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, Marcelo Lucas da Silva, o Café, e outro identificado como Robô, cujo primeiro nome seria Eucídio.
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Motim liderado por Beira-Mar já teria deixado um morto em Bangu
Governadora Benedita da Silva autoriza invasão da polícia a Bangu 1
da Folha OnlinePoliciais do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (BOPE) poderão invadir a qualquer momento o presídio Bangu 1. A ordem foi dada pela governadora Benedita da Silva ter conversado por telefone com o presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a gravidade da situação.
A assessoria da governadora Benedita da Silva informou há pouco que, apesar de ela já ter autorizado a invasão do presídio, a ordem ainda não foi acatada porque integrantes do sindicato dos agentes penitenciários estão na porta impedindo a entrada policial.
Segundo a Agência Brasil, o assessor de imprensa da governadora, Chico Júnior, adiantou também que a governadora já autorizou o que chamou de "retomada do poder dentro das instalações do presídio Laércio da Costa Pelegrino [o Complexo Penitenciário de Bangu], que é uma dependência pública estadual, ou seja, entrar nas unidades e libertar os reféns".
A ordem partiu mesmo com as ameaças dos rebelados de explodir dois botijões de gás onde os oito reféns, funcionários do presídio e operários que trabalhavam em uma obra no local, estão amarrados.
A rebelião começou por volta das 8h30.
Os rebelados fizeram duas reivindicações à cúpula da Segurança Pública do Rio: eles pedem a garantia de que não haverá agressões físicas aos presos após o motim e que os líderes da rebelião não sejam transferidos para fora do Estado.
A Secretaria de Segurança Pública concordou com a primeira cláusula, mas ainda estuda a segunda.
Do lado de fora do complexo a movimentação é muito intensa. Viaturas de vários órgãos de elite das polícias militar e civil estão no local aguardando orientações.
Guerra aos rivais
O motim começou no início da manhã, depois que presos supostamente liderados por Fernandinho Beira-Mar, ligados ao Comando Vermelho, atacaram rivais da facção ADA (Amigos dos Amigos). Pelo menos seis pessoas morreram.
Entre os mortos estão Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, Wanderley Soares, o Orelha, e Carlos Roberto da Silva, o Robertinho do Adeus _cunhado de Uê_, Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, Marcelo Lucas da Silva, o Café, e outro identificado como Robô, cujo primeiro nome seria Eucídio.
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