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11/09/2002 - 19h32

Rebelião em Bangu 1 espalha pânico por todo Rio de Janeiro

da Folha Online
da Folha de S.Paulo, no Rio

A rebelião no presídio de segurança máxima Bangu 1, na zona oeste no Rio, espalhou pânico pelas ruas da cidade. A cúpula da área segurança pública do Rio mobilizou à tarde cerca de 2.000 policiais militares e quatro helicópteros na tentativa de evitar depredações e tiroteios entre traficantes rivais. O dirigível também foi utilizado na operação.

Em nove bairros, parte do comércio fechou as portas, mesmo sem determinação dos traficantes. A tensão foi maior nas imediações do complexo do Alemão, zona norte, dominado pelo Comando Vermelho. Com medo de que as favelas da região, em retaliação, fossem invadidas pelo grupo de Uê, até igrejas fecharam as portas no início da tarde.

O motim teve início às 8h30, liderado por membros do Comando Vermelho. O líder do grupo é Fernandinho Beira-Mar, condenado por tráfico, formação de quadrilha e homicídio. Os números da violência dentro do presídio Bangu 1 ainda são confusos. Fala-se entre três e seis mortos. Há seis reféns, todos amarrados a botijões de gás. Os presos ameaçam matar todos, caso a polícia invada o local. A tropa de choque e o Batalhão de Operações Especiais cercaram o presídio.

A decisão de aumentar a segurança nas ruas foi tomada pelos dirigentes da Secretaria de Segurança durante uma reunião iniciada às 11h e que durou a tarde inteira.

A troca de turno na PM (Polícia Militar), que seria às 18h, foi cancelada para não interromper a ação dos policiais nas favelas e em ruas das zonas norte e oeste.

Na Ilha de Governador, zona norte, e na zona leste, traficantes determinaram o fechamento do comércio. Ameaças e medo de depredações fizeram com que fosse aumentada a segurança em linhas de trem e metrô.

A Universidade Federal do Rio, na Ilha do Fundão (zona norte), foi esvaziada.

Houve tumulto também em frente ao presídio, entre familiares de presos e agentes penitenciários.

A cúpula da Segurança decisão também foi convocar 12 agentes que trabalhavam no presídio para prestar depoimento na Draco (Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais), da Polícia Civil. Eles terão que relatar como os presos conseguiram pegar as armas.

A governadora Benedita da Silva já autorizou a invasão da polícia no presídio.

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