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14/09/2002 - 23h29

Para militante dos Direitos Humanos, Carandiru é "modelo falido"

MILENA BUOSI
da Folha Online

O coordenador do MNDH (Movimento Nacional de Direitos Humanos) em São Paulo, Ariel de Castro Alves, aprova a desativação da Casa de Detenção do Carandiru, que ele considera um "símbolo da falência do sistema prisional".

"O Carandiru representa um modelo de sistema penitenciário totalmente falido e equivocado, com total descontrole, promiscuidade, corrupção e grande concentração de presos. Há mistura de idades e gravidade de crimes cometidos", diz ele.

Para Castro Alves, a desativação do presídio deveria ter ocorrido há anos, e não a 21 dias das eleições. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) é candidato à reeleição em São Paulo.

"Isso poderia ter sido feito em vários outros momentos. Afinal, foi uma promessa do governador Mário Covas (morto em março de 2001), que vinha sendo prorrogada", disse.

Apesar do fim do presídio, Ariel acredita ser necessário melhorar a política do sistema no Estado, como melhor formação e escolha de funcionários, o fortalecimento de setores como a corregedoria e ouvidoria dos presídios e a criação de conselhos da comunidade para fiscalizar a atuação de diretores e agentes penitenciários.

"O principal problema hoje é a corrupção, o descontrole por parte do Estado e o fortalecimento das facções criminosas."

Para o coordenador do MNDH, o governo também deveria priorizar a desativação das carceragens em delegacias. A presença dos presos em DPs prejudica o trabalho dos policiais, que deixam de investigar para "cuidar" do criminosos.

"Os distritos continuam superlotados, com 30 mil presos na capital e no interior", disse. "Esses distritos geram insegurança para a sociedade. Eles estão em regiões altamente urbanizadas, perto de unidades de saúde e residência. As fugas são constantes", diz Castro Alves.

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