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Gripe suína causa fila de até oito horas em hospital de SP
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da Agência Folha
da Folha de S.Paulo, em SP e Brasília
colaboração para a Folha
Após o registro de 11 mortes e o anúncio de que o vírus da gripe suína já circula livremente no Brasil, médicos tentam evitar que o medo da nova doença gere uma corrida aos hospitais.
Com isso, buscam impedir, além de problemas nos serviços médicos, filas de até oito horas --como relatado ontem por pacientes no Instituto Emílio Ribas, centro de referência em São Paulo-- e o risco de contágio --segundo médicos, essas unidades podem "ajudar" a espalhar o vírus H1N1, pois concentram pacientes com suspeita da doença, às vezes no mesmo espaço de outros doentes.
Um dos problemas é justamente a acomodação de pacientes. Os hospitais, em geral, não têm estrutura para separá-los. Pessoas com suspeita de gripe A (H1N1) esperam atendimento médico ou a realização de exames numa mesma sala. Em alguns locais, ao lado até de quem foi ao hospital por outros motivos.
Isso pode facilitar a disseminação do vírus, mesmo com o uso de máscaras. "Se a pessoa usa a máscara por muito tempo ela fica úmida e perde a eficácia", diz a infectologista Nancy Bellei, da Unifesp.
Segundo ela, só deve buscar centros de referência quem receber indicação médica para isso. É essa, inclusive, a recomendação do Ministério da Saúde -a estratégia, assim, é que essas unidades se concentrem nos casos de alta gravidade.
Espera
Os profissionais de saúde também convivem com esse risco. Ontem, o Hospital Sino-Brasileiro, em Osasco (Grande SP), cidade que já registrou duas mortes pela nova gripe, informou que duas funcionárias que tiveram contato com pacientes infectados apresentaram sintomas e estão em isolamento hospitalar. Passam bem, segundo a instituição.
O grande aumento da procura pelos hospitais, registrado desde o surgimento dos casos da nova gripe no Brasil, continua sendo um problema.
O Emilio Ribas divulga que o tempo médio de espera para atendimento de casos suspeitos é estimado em quatro horas. Pacientes que procuraram o hospital na manhã de ontem, porém, disseram ter esperado pelo menos oito horas. No meio da tarde, em torno de cem pessoas esperavam atendimento. Foram distribuídas senhas desde o início da manhã.
Segundo o diretor da instituição, o infectologista David Uip, 80% dos atendimentos nas últimas semanas não estão dentro dos critérios de gravidade.
No Hospital Albert Einstein, o tempo de espera informado ontem foi de pelo menos duas horas --à tarde, ao menos 30 pessoas esperavam por atendimento por suspeita de gripe suína. No Sírio-Libanês, o pronto-atendimento registrou aumento de 30% para pessoas com sintomas de gripe desde a segunda quinzena de junho.
Hospitais gaúchos
No Rio Grande do Sul, Estado com mais mortes (sete), os hospitais adotam alternativas para evitar superlotação e se concentrar nos casos graves. De acordo com o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, 99% dos casos de gripe podem ser atendidos nos postos de saúde.
Em Uruguaiana, a prefeitura busca aliviar a superlotação da Santa Casa local usando um ônibus que leva pacientes aos postos. Em Santa Maria, o governo do Estado está montando, em parceria com o município, centros para o atendimento de pessoas com sintomas mais fortes de gripe.
Em Passo Fundo, o secretário da Saúde, Alberi Grando, orientou os médicos dos postos a atender todas as pessoas com sintomas de gripe.
Segundo o coordenador da emergência do Hospital São Vicente de Paulo, Júlio César Stobbe, a necessidade de agendamento nos postos leva as pessoas a procurar esse centro de referência.
As estratégias vão ao encontro do que defendeu ontem o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para quem o grande desafio agora no combate à gripe suína é "organizar a rede [de saúde] para atender bem as pessoas, principalmente as que necessitam de internação".
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A vacina contra o vírus Influenza A (H1N1) foi testada antes de ser utilizada na população e, aqui no Brasil, ela é aprovada pela Anvisa. Seus efeitos colaterais possíveis, até o momento, são: dor no local da aplicação da injeção, febre, dor de cabeça ou nos músculos e articulações. Esses sintomas costumam ser leves e duram 1 ou 2 dias. Raramente, podem ocorrer reações alérgicas como inchaços, asma ou alguma reação mais forte, por conta de hipersensibilidade aos componentes da vacina.
Mais informações: fernanda.scavacini@saude.gov.br
Atenciosamente,
Ministério da Saúde
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Mais da metade dos médicos N. Amer. não tomaram a vacina "MEDO DE EFEITOS COLATERAIS".
Aos que aqui voriferam os "benefícios" da vacina, estejam a vontade, podem tomá-la, alguns laboratórios estão a procura de "voluntários". :0)
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