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26/09/2002
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08h06
No dia 22 de fevereiro de 1998, o edifício Palace 2, na Barra da Tijuca (zona sul do Rio), desabou parcialmente, causando a morte de oito pessoas e deixando 130 famílias desabrigadas. Seis dias depois, após ocorrer outro desabamento, o restante do prédio foi implodido.
O edifício havia sido erguido pela construtora Sersan, que pertencia ao então deputado federal Sérgio Naya.
Após o desabamento, Naya foi expulso do PPB -partido ao qual pertencia na época-, cassado pela Câmara dos Deputados e proibido de exercer a profissão de engenheiro pelo Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) do Estado do Rio de Janeiro. Também teve seus bens e os das empresas que dirigia embargados pela Justiça.
De acordo com o Crea, o desabamento ocorreu devido a falhas no projeto de dois pilares e a uma suposta má execução da obra.
Segundo laudo do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli), 78% dos pilares do edifício haviam sido construídos com coeficiente de segurança abaixo do estabelecido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Também foram encontrados em quatro pilares de sustentação pedaços de madeira, sacos de cimento, jornal e plástico misturados ao concreto.
Em dezembro de 1999, Naya foi preso em Brasília, acusado de ser responsável pelo desabamento, e transferido para a carceragem da Polinter, em Benfica (zona norte do Rio de Janeiro). O ex-deputado foi solto após ficar 26 dias detido.
Em maio de 2001, Naya foi absolvido pela Justiça, assim como o engenheiro de campo da obra, Sérgio Murilo Domingues. Apenas José Roberto Chendes, que havia feito os cálculos do projeto, foi condenado a prestar serviços à comunidade.
No começo deste ano, os advogados do ex-deputado e vítimas do Palace 2 firmaram acordo para o pagamento de indenizações.
Antes da tragédia, o Palace 2 já era objeto de processos judiciais por suposta má qualidade na construção. O prédio não havia recebido o Habite-se (autorização de ocupação) da Prefeitura do Rio e tinha rachaduras e infiltrações.
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Desabamento do Palace 2 matou oito no Rio
da Folha de S.PauloNo dia 22 de fevereiro de 1998, o edifício Palace 2, na Barra da Tijuca (zona sul do Rio), desabou parcialmente, causando a morte de oito pessoas e deixando 130 famílias desabrigadas. Seis dias depois, após ocorrer outro desabamento, o restante do prédio foi implodido.
O edifício havia sido erguido pela construtora Sersan, que pertencia ao então deputado federal Sérgio Naya.
Após o desabamento, Naya foi expulso do PPB -partido ao qual pertencia na época-, cassado pela Câmara dos Deputados e proibido de exercer a profissão de engenheiro pelo Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) do Estado do Rio de Janeiro. Também teve seus bens e os das empresas que dirigia embargados pela Justiça.
De acordo com o Crea, o desabamento ocorreu devido a falhas no projeto de dois pilares e a uma suposta má execução da obra.
Segundo laudo do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli), 78% dos pilares do edifício haviam sido construídos com coeficiente de segurança abaixo do estabelecido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Também foram encontrados em quatro pilares de sustentação pedaços de madeira, sacos de cimento, jornal e plástico misturados ao concreto.
Em dezembro de 1999, Naya foi preso em Brasília, acusado de ser responsável pelo desabamento, e transferido para a carceragem da Polinter, em Benfica (zona norte do Rio de Janeiro). O ex-deputado foi solto após ficar 26 dias detido.
Em maio de 2001, Naya foi absolvido pela Justiça, assim como o engenheiro de campo da obra, Sérgio Murilo Domingues. Apenas José Roberto Chendes, que havia feito os cálculos do projeto, foi condenado a prestar serviços à comunidade.
No começo deste ano, os advogados do ex-deputado e vítimas do Palace 2 firmaram acordo para o pagamento de indenizações.
Antes da tragédia, o Palace 2 já era objeto de processos judiciais por suposta má qualidade na construção. O prédio não havia recebido o Habite-se (autorização de ocupação) da Prefeitura do Rio e tinha rachaduras e infiltrações.
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