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28/09/2002
-
20h37
da Folha Online
Os trabalhos de restauração e recuperação da catedral da Sé, no centro de São Paulo, surpreenderam engenheiros, arquitetos e operários. As obras, iniciadas em maio de 2000, resultaram no encontro de "tesouros", esquecidos pelo tempo.
Uma das principais surpresas foi achar, no coro da igreja, plantas originais do projeto, elaborado em 1912 pelo arquiteto Maximiliano Hehl. A descoberta possibilitou que a restauração fosse o "mais fiel possível", na avaliação do engenheiro Ronaldo Ritti, diretor da Divisão de Restauro de Patrimônio Histórico da Concrejato -empresa responsável pelas obras. A catedral ganhou 14 torreões previstos no projeto original, e que inexistiam até então.
Sacos com cerca de 150 pranchas do projeto original estavam "guardados" sob uma arquibancada.
"A maior dificuldade foi reconstruir ou recuperar o desenho original, de Maximiliano Hehl, porque não tínhamos documentos. Obtivemos por mero acaso", afirmou o arquiteto Paulo Bastos.
A entrada principal da catedral também está diferente. Sobre a porta, um vitral, que estava guardado há anos, foi colocado em seu devido lugar.
"Antes, era um vidro liso. O vitral foi encontrado em uma caixa fechada. Não dá para saber exatamente há quanto tempo estava guardado, Acredito que estava lá [guardado] há cerca de 40 anos", disse o engenheiro Ronaldo Ritti.
Objetos da época da construção da catedral, iniciada em 1913, e carteiras de trabalho dos operários que trabalharam na obra também foram encontradas.
"Sob a escadaria, que estava afundando, foram encontradas louças, garrafas de vinho antigas e carteiras de trabalho e documentos de operários que trabalharam na obra de construção", disse Ritti.
O material deverá servir para o próximo projeto museológico da catedral. Ainda não há data definida para a conclusão desta segunda etapa. "A idéia ainda depende de novos projetos e recursos", afirmou Ritti.
"É um acervo de história religiosa e da cidade, não é museu só da catedral", completou, afirmando que a partir da restauração, a catedral passou a ter a concepção de "patrimônio".
A catedral havia sido interditada pelo Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis) em 1999, depois de um pedaço de tijolo despencar do teto próximo ao altar.
Após a realização de obras emergenciais, a catedral foi parcialmente reaberta em outubro de 1999, sendo novamente fechada em maio de 2000, com a aprovação do projeto.
A reabertura ocorre neste domingo.
Leia mais:
Especial Catedral da Sé - Folha Online
E veja também:
Site de Religiões da Folha Online
"Tesouros" são encontrados durante a restauração da catedral
LÍVIA MARRAda Folha Online
Os trabalhos de restauração e recuperação da catedral da Sé, no centro de São Paulo, surpreenderam engenheiros, arquitetos e operários. As obras, iniciadas em maio de 2000, resultaram no encontro de "tesouros", esquecidos pelo tempo.
Uma das principais surpresas foi achar, no coro da igreja, plantas originais do projeto, elaborado em 1912 pelo arquiteto Maximiliano Hehl. A descoberta possibilitou que a restauração fosse o "mais fiel possível", na avaliação do engenheiro Ronaldo Ritti, diretor da Divisão de Restauro de Patrimônio Histórico da Concrejato -empresa responsável pelas obras. A catedral ganhou 14 torreões previstos no projeto original, e que inexistiam até então.
Sacos com cerca de 150 pranchas do projeto original estavam "guardados" sob uma arquibancada.
"A maior dificuldade foi reconstruir ou recuperar o desenho original, de Maximiliano Hehl, porque não tínhamos documentos. Obtivemos por mero acaso", afirmou o arquiteto Paulo Bastos.
A entrada principal da catedral também está diferente. Sobre a porta, um vitral, que estava guardado há anos, foi colocado em seu devido lugar.
"Antes, era um vidro liso. O vitral foi encontrado em uma caixa fechada. Não dá para saber exatamente há quanto tempo estava guardado, Acredito que estava lá [guardado] há cerca de 40 anos", disse o engenheiro Ronaldo Ritti.
Objetos da época da construção da catedral, iniciada em 1913, e carteiras de trabalho dos operários que trabalharam na obra também foram encontradas.
"Sob a escadaria, que estava afundando, foram encontradas louças, garrafas de vinho antigas e carteiras de trabalho e documentos de operários que trabalharam na obra de construção", disse Ritti.
O material deverá servir para o próximo projeto museológico da catedral. Ainda não há data definida para a conclusão desta segunda etapa. "A idéia ainda depende de novos projetos e recursos", afirmou Ritti.
"É um acervo de história religiosa e da cidade, não é museu só da catedral", completou, afirmando que a partir da restauração, a catedral passou a ter a concepção de "patrimônio".
A catedral havia sido interditada pelo Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis) em 1999, depois de um pedaço de tijolo despencar do teto próximo ao altar.
Após a realização de obras emergenciais, a catedral foi parcialmente reaberta em outubro de 1999, sendo novamente fechada em maio de 2000, com a aprovação do projeto.
A reabertura ocorre neste domingo.
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