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02/10/2002 - 19h06

Polícia Civil investiga envolvimento de policiais com quadrilha no PR

MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba

A Corregedoria Geral da Polícia Civil do Paraná abriu cinco investigações para apurar suspeitas de respaldo policial a uma quadrilha de roubo de cargas. Uma das sindicâncias vai levantar os responsáveis pela liberação de três RGs (carteiras de identidade) ao suposto chefe da quadrilha, o garimpeiro Mário do Amaral Fogassa.

Segundo o corregedor-chefe, Adauto de Oliveira, Fogassa tem três identidades paranaenses no mesmo nome e com números diferentes, uma delas tirada há cerca de um ano e meio. Oliveira sugeriu facilitação policial. "O sistema é informatizado e bloqueia duplicidade de dados", afirmou.

Outra investigação será na Delegacia de Explosivos e Armas. Fogassa registrou uma pistola recentemente, também de forma ilegal. "Ele tem ficha por delitos desde 1982, e ninguém nessas condições consegue registro de armas no Paraná", disse o corregedor.

O terceiro inquérito vai investigar o delegado-geral, Leonyl Ribeiro. Ele e o secretário da Segurança Pública, José Tavares, teriam interferido em favor de Fogassa, quando ele esteve preso no início do ano. A suspeita partiu do Ministério Público. Eles negam envolvimento com o bando.

O quarto inquérito busca provas sobre cobrança de propina do suposto quadrilheiro, pela equipe da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas. Antonio Figueiredo Basto, advogado do delegado-chefe da delegacia, Armando Marques Garcia, esperava hoje julgamento de um habeas corpus no Tribunal de Justiça, para tirar seu cliente da prisão.

Outro inquérito investiga de onde saiu uma submetralhadora encontrada com mercadorias roubadas. A arma tem identificação da Polícia Civil.

Policiais militares à disposição da PIC (Promotoria de Investigações Criminais) apreenderam sete armas de fogo na chácara do deputado estadual Carlos Simões (PTB), em Campo do Tenente. Simões teria sido a ponte entre Fogassa e a cúpula da segurança, também segundo indícios apontados à Justiça pelo Ministério Público.

O advogado do deputado, Elias Mattar Assad, distribuiu nota em que informa que as armas "são de uso normal de sítio". Todas seriam registradas, segundo ele.
 

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