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29/07/2000 - 11h15

"Parecia um terremoto, o fim do mundo", diz sobrevivente de acidente

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da Folha de S.Paulo

"Parecia um terremoto, o fim do mundo", afirmou o segurança Evaldo Cavalcanti, 27, um dos 50 feridos no acidente entre trens da CPTM em Perus, na zona noroeste do São Paulo.

Cavalcanti foi levado ao Hospital Estadual de Taipas. Teve escoriações na cabeça. Lembra que entrou no vagão da composição que estava parada na estação e saiu minutos depois por causa da ordem transmitida no alto falante da estação. Logo depois houve o choque, diz.

Para ele, algumas pessoas não acreditaram nos avisos do alto falante. "Acho que foram essas que morreram", diz. Ele foi liberado por volta da 1h da manhã de hoje.

A auxiliar de produção Robertina de Jesus Pereira, 21, sofreu várias lesões sobre o corpo e teve que ser levada na cadeira de rodas pelos seus familiares.

Muitos familiares procuraram os hospitais da região. José Espineti, 30, deixou a noiva Eliete Maria da Silva, 25, na estação poucos minutos antes do acidente. Ele encontrou a noiva em estado de choque com ferimentos nas pernas. "Deixar dois vagões se chocarem é um erro inadmissível", reclamava ele.

Até o início desta madrugada, foram atendidas 41 pessoas no Hospital Estadual de Taipas. Até o fechamento desta edição, 16 delas ainda estavam internadas. Arnaldo Alves dos Santos, 39, morreu ao chegar no local.

Três crianças também foram atendidas no hospital. Duas delas, uma de dois meses e outra de seis meses, chegaram sem acompanhantes. O bebê de dois meses apresentava traumatismo craniano.

Segundo o médico Antônio Jorge Martins, um dos casos mais graves era de Osmar Santos, que teve fratura em várias costelas e foi levado ao bloco cirúrgico e submetido a uma cirurgia.

Alessandra Cristina de Souza Oliveira, 20, estava na plataforma quando a passarela desabou e sofreu cortes na cabeça, pernas e braços. Ela foi liberada ontem mesmo, depois de ser atendida no Hospital de Pirituba. Alessandra estava na estação a espera do trem para ir para Francisco Morato, participar do aniversário da mãe.

No Hospital Municipal de Pirituba, foram atendias 12 pessoas até o começo da madrugada. Dois casos eram mais graves, de pessoas que apresentavam traumatismo craniano, e foram transferidos para o Hospital de Tatuapé.

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