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13/10/2002 - 19h49

Navio-plataforma P-34 estaria afundando; Petrobras não confirma

da Folha Online

O navio-plataforma P-34 da Petrobras, que funciona na Bacia de Campos (RJ), sofreu uma pane elétrica na por volta das 15h30 de hoje e estaria afundando.

Segundo o Sindpetro (sindicato que representa os petroleiros) a inclinação na P-34 já seria de 45 graus. A inclinação teria sido provocada pois, com a interrupção de energia, as bombas de lastro que são responsáveis pelo equilíbrio da plataforma pararam de funcionar.

A Petrobras diz que houve o incidente, mas não confirma que a plataforma corra o risco de afundar. A empresa diz ainda que todos os funcionários foram retirados e levados para plataformas vizinhas.

De acordo com Armando Freitas, diretor do Sindpetro, a P-34 já teria tombado e não estaria em condições de ser recuperada.

A P-34 é chamada de navio-plataforma porque não é fixa e além de produzir e processar o petróleo ela pode armazená-lo.

Segundo Freitas, o risco de vazamento é grande. A plataforma produz cerca de 34 mil barris de petróleo por dia. A produção no campo integrado Barracuda-Caratingam, em Campos, foi paralisada.

Essa não é a primeira vez que a P-34 tem uma pane elétrica, segundo o Sindpetro. No último dia 29 de maio, os trabalhadores também tiveram que deixar a plataforma pelo mesmo motivo. Na ocasião, não houve maiores problemas.

Um ano depois
O novo acidente acontece pouco mais de um ano depois de outras duas plataformas terem apresentado problemas.

Em 15 de março de 2001 a plataforma P-36 explodiu e matou 11 petroleiros que trabalhavam no local. A plataforma afundou por completo cinco dias depois do acidente e foram gastos US$ 100 milhões na tentativa de salvamento da P-36.

Em decorrência do acidente, foram derramados no mar 1,5 milhão de litros de óleo combustível armazenados na plataforma. A P-36, orçada em US$ 500 milhões, era considerada a maior plataforma do mundo e foi construída para operar a 1.360 metros de profundidade.

No mês seguinte, outra plataforma, a P-7, lançou 26 mil litros de óleo cru em Campo Bicudo, poluindo a Bacia de Campos.

A imagem da empresa convive com abalos. Em janeiro de 2000, a Baía de Guanabara foi tomada por uma mancha negra de 40 km¦. Quase 1,5 milhão de litros de óleo vazaram da refinaria Duque de Caxias. Sete meses depois, 4 milhões de litros de óleo poluíram o Rio Iguaçu, o principal do Paraná.

Leia mais sobre o acidente da P-36

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