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18/08/2009 - 15h02

Defesa apresenta à Justiça pedido de liberdade para médico Roger Abdelmassih

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da Folha Online

A defesa de Roger Abdelmassih protocolou na tarde desta terça-feira um pedido de habeas corpus em favor do médico, acusado de crimes sexuais e preso ontem em São Paulo. Segundo o TJ (Tribunal de Justiça), o pedido ainda será distribuído e não há previsão para a análise.

A expectativa do advogado José Luis Oliveira Lima, que defende Abdelmassih, é que o pedido de liberdade seja avaliado entre hoje e amanhã. À Folha Online Lima afirmou que, entre outros pontos, o habeas corpus se baseia na falta de fundamentação para a acusação e para a prisão.

Fred Chalub/17.ago.2009/Folha Imagem
Polícia prende médico Roger Abdelmassih por determinação da Justiça de São Paulo; defesa contesta decisão e tenta liberdade
Polícia prende médico Roger Abdelmassih por determinação da Justiça de São Paulo; defesa contesta decisão e tenta liberdade

Um dos mais famosos especialistas em reprodução assistida do país, Abdelmassih é acusado de atentado violento ao pudor e estupro contra ex-pacientes. Ele nega as acusações.

O médico permanece no 40º DP (Vila Santa Maria), na zona norte, que possui carceragem para presos com nível superior. A Secretaria da Segurança informou que ele divide a cela com outros homens, mas não detalhou quantos.

Prisão

Abdelmassih foi preso em sua clínica, no Jardim América (zona oeste de São Paulo), por policiais civis, que cumpriram mandado expedido pelo juiz Bruno Paes Stranforini, da 16ª Vara Criminal. A Justiça acatou a denúncia (acusação formal) oferecida pelo Ministério Público e, com isso, foi instaurado processo criminal contra o médico para a análise das acusações.

O advogado José Luis Oliveira Lima considerou a prisão ilegal. "Essa prisão não se justifica porque o dr. Roger é [réu] primário, permaneceu em liberdade durante todo o inquérito, se colocou à disposição da Justiça, tem residência fixa, continuava trabalhando normalmente [...]. Então qual é o motivo da prisão, em um país onde a liberdade é a regra?", questionou ontem o advogado, após a prisão do médico.

O delegado Algo Galeano Júnior, da 1ª Seccional, informou que no mandado de prisão constam 53 acusações de atentado violento ao pudor e outras de estupro.

Acusações

Abdelmassih foi indiciado em junho pela Polícia Civil. Ao menos 60 mulheres dizem ter sofrido crimes sexuais durante consultas. Em geral, as mulheres o acusam de tentar beijá-las ou acariciá-las quando estavam sozinhas --sem o marido ou a enfermeira presente. Algumas disseram ter sido molestadas após a sedação.

O médico foi denunciado (acusado formalmente) pela Promotoria na última quinta-feira sob acusação de 56 estupros. A denúncia foi feita com base em legislação que passou a vigorar no último dia 7, segundo a qual o antigo "ato libidinoso" passa a ser considerado como "estupro". Pela legislação anterior, seriam 53 atentados violentos ao pudor (atos libidinosos) e três estupros (quando há conjunção carnal).

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) abriu 51 processos éticos contra o médico, mostrou reportagem da Folha publicada no último dia 11. Por diversas vezes, o médico negou as acusações.

Outro lado

Durante a investigação, o médico negou as acusações por diversas vezes.

"Ele [Abdelmassih] nega taxativamente a autoria [dos crimes]. É importante mencionar que o doutor Roger atendeu mais de 20 mil clientes na sua clínica. É considerado não um dos melhores médicos do Brasil, mas um dos melhores médicos do mundo", disse o advogado.

Com Folha de S.Paulo

 

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