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21/10/2002
-
17h09
da Folha Online
José Márcio Felício, o Geleião, um dos líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), planejou um atentado à bomba na Bolsa de Valores de São Paulo do interior da cadeia, segundo a Polícia Civil de São Paulo.
O ataque seria uma uma demonstração de força e uma represália contra o regime disciplinar do presídio de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), que conta com bloqueador de celular.
A mulher de Geleião, Petronilha Maria de Carvalho Felício, foi presa ontem, depois de visitar o marido. Na manhã desta segunda-feira, um carro roubado foi abandonado na via Anhanguera, região de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo). Ele transportava detonadores e 12 bisnagas com emulsão explosiva, pesando cerca de 30 quilos.
Conforme o delegado Godofredo Bittencourt, diretor do Deic (Departamento de Investigações Sobre Crime Organizado), a mulher de Geleião era a responsável por transmitir "recados" do marido para o Nilson Paula Alcântara dos Reis, conhecido como Faísca, preso em Iaras (282 km a noroeste de São Paulo), que "contratava" criminosos fora da cadeia para as ações.
Segundo Bittencourt, a polícia tinha informações de que o PCC voltaria a agir. Ao menos três ações atribuídas à facção foram registradas este mês no Estado. Uma delas, ocorrida em Campinas, resultou na morte de um policial militar.
Com autorização judicial, a polícia realizou grampos telefônicos para descobrir e interceptar os planos dos criminosos.
A prisão de Petronilha fez com que os criminosos "abandonassem a idéia de explosão", segundo o delegado Ruy Ferraz Fontes, da Delegacia de Roubo a Bancos do Deic.
"Queriam se livrar do explosivo", disse.
A mulher de Geleião já responde a processo por formação de quadrilha e o mandado de prisão foi emitido na sexta-feira, pela 7ª Vara Criminal, com base nas gravações.
Conforme Fontes, os criminosos, abandonando o veículo, queriam evitar que a polícia chegasse até uma favela, na região, onde estariam os explosivos.
Uma ligação anônima informou o Deic sobre o abandono do carro e dos explosivos hoje. Para o delegado, os próprios criminosos podem ter avisado a polícia.
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LÍVIA MARRAda Folha Online
José Márcio Felício, o Geleião, um dos líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), planejou um atentado à bomba na Bolsa de Valores de São Paulo do interior da cadeia, segundo a Polícia Civil de São Paulo.
O ataque seria uma uma demonstração de força e uma represália contra o regime disciplinar do presídio de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), que conta com bloqueador de celular.
A mulher de Geleião, Petronilha Maria de Carvalho Felício, foi presa ontem, depois de visitar o marido. Na manhã desta segunda-feira, um carro roubado foi abandonado na via Anhanguera, região de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo). Ele transportava detonadores e 12 bisnagas com emulsão explosiva, pesando cerca de 30 quilos.
Conforme o delegado Godofredo Bittencourt, diretor do Deic (Departamento de Investigações Sobre Crime Organizado), a mulher de Geleião era a responsável por transmitir "recados" do marido para o Nilson Paula Alcântara dos Reis, conhecido como Faísca, preso em Iaras (282 km a noroeste de São Paulo), que "contratava" criminosos fora da cadeia para as ações.
Segundo Bittencourt, a polícia tinha informações de que o PCC voltaria a agir. Ao menos três ações atribuídas à facção foram registradas este mês no Estado. Uma delas, ocorrida em Campinas, resultou na morte de um policial militar.
Com autorização judicial, a polícia realizou grampos telefônicos para descobrir e interceptar os planos dos criminosos.
A prisão de Petronilha fez com que os criminosos "abandonassem a idéia de explosão", segundo o delegado Ruy Ferraz Fontes, da Delegacia de Roubo a Bancos do Deic.
"Queriam se livrar do explosivo", disse.
A mulher de Geleião já responde a processo por formação de quadrilha e o mandado de prisão foi emitido na sexta-feira, pela 7ª Vara Criminal, com base nas gravações.
Conforme Fontes, os criminosos, abandonando o veículo, queriam evitar que a polícia chegasse até uma favela, na região, onde estariam os explosivos.
Uma ligação anônima informou o Deic sobre o abandono do carro e dos explosivos hoje. Para o delegado, os próprios criminosos podem ter avisado a polícia.
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