Publicidade
Publicidade
23/10/2002
-
19h48
free-lance para a Folha
Um homem foi morto hoje com um tiro nas costas durante uma operação do 23º Batalhão e do Getam (Grupamento Especial Tático-Móvel) da PM (Polícia Militar) na favela da Rocinha (São Conrado, zona sul do Rio).
Paulo Sérgio Faria dos Santos, 33, não era traficante, segundo os moradores. O registro na 15ª DP (Delegacia de Polícia) informa que ele era estudante. O comandante do 23º Batalhão, coronel Ubiratan Ângelo, disse que Santos tinha uma pistola quando foi morto.
Cerca de cem policiais participaram da operação, que tinha como objetivo reprimir a venda de drogas na favela. Até o início da noite, três suspeitos tinham sido presos. Quatro armas (três pistolas e uma espingarda) foram apreendidas.
De acordo com Ângelo, a operação seguiu a linha de orientação do comandante-geral da PM, coronel Francisco Braz, que determina a realização de incursões "sempre que for conveniente, oportuno e planejado".
Testemunhas da morte de Santos disseram em depoimento ao delegado Carlos Alberto Pinto que três policiais chegaram a um ponto-de-venda de drogas conhecido como Roupa Suja e ordenaram aos que estavam no local que se deitassem no chão.
Uma das pessoas correu e atirou, segundo os relatos. Os policiais revidaram. Santos foi baleado nas costas e morreu horas mais tarde no Hospital Miguel Couto.
Francisco Gomes de Azevedo, Cassiano Miranda da Silva, 25, e a namorada Elizângela Barbosa da Silva, 18 foram presos em flagrante. Com eles, a polícia diz que foram apreendidas uma espingarda, uma pistola e 260 balas de fuzil.
De acordo com a secretária Janaína Lima Ferreira, da Associação de Moradores da Rocinha, as incursões policiais têm sido feitas até duas vezes por semana, mas não com o mesmo porte da de hoje.
Segundo a polícia, o ataque de traficantes ao Palácio Guanabara (sede do governo estadual), à 6ª Delegacia e ao shopping Rio Sul, no último dia 16, foi planejado na Rocinha, em encontro entre criminosos de várias favelas.
O coronel Ângelo não confirmou se a operação visava prender os organizadores dos ataques. Os traficantes que chefiam a quadrilha da favela são, segundo a polícia, Luciano Barbosa Silva, o Lulu, André da Costa Brito, o Zaru, Milton Ferreira da Silva, o Zito, e Francisco Chagas Alves da Silva, o Hugo 45.
Homem morre com tiro nas costas em operação da PM no Rio
FABIANA CIMIERIfree-lance para a Folha
Um homem foi morto hoje com um tiro nas costas durante uma operação do 23º Batalhão e do Getam (Grupamento Especial Tático-Móvel) da PM (Polícia Militar) na favela da Rocinha (São Conrado, zona sul do Rio).
Paulo Sérgio Faria dos Santos, 33, não era traficante, segundo os moradores. O registro na 15ª DP (Delegacia de Polícia) informa que ele era estudante. O comandante do 23º Batalhão, coronel Ubiratan Ângelo, disse que Santos tinha uma pistola quando foi morto.
Cerca de cem policiais participaram da operação, que tinha como objetivo reprimir a venda de drogas na favela. Até o início da noite, três suspeitos tinham sido presos. Quatro armas (três pistolas e uma espingarda) foram apreendidas.
De acordo com Ângelo, a operação seguiu a linha de orientação do comandante-geral da PM, coronel Francisco Braz, que determina a realização de incursões "sempre que for conveniente, oportuno e planejado".
Testemunhas da morte de Santos disseram em depoimento ao delegado Carlos Alberto Pinto que três policiais chegaram a um ponto-de-venda de drogas conhecido como Roupa Suja e ordenaram aos que estavam no local que se deitassem no chão.
Uma das pessoas correu e atirou, segundo os relatos. Os policiais revidaram. Santos foi baleado nas costas e morreu horas mais tarde no Hospital Miguel Couto.
Francisco Gomes de Azevedo, Cassiano Miranda da Silva, 25, e a namorada Elizângela Barbosa da Silva, 18 foram presos em flagrante. Com eles, a polícia diz que foram apreendidas uma espingarda, uma pistola e 260 balas de fuzil.
De acordo com a secretária Janaína Lima Ferreira, da Associação de Moradores da Rocinha, as incursões policiais têm sido feitas até duas vezes por semana, mas não com o mesmo porte da de hoje.
Segundo a polícia, o ataque de traficantes ao Palácio Guanabara (sede do governo estadual), à 6ª Delegacia e ao shopping Rio Sul, no último dia 16, foi planejado na Rocinha, em encontro entre criminosos de várias favelas.
O coronel Ângelo não confirmou se a operação visava prender os organizadores dos ataques. Os traficantes que chefiam a quadrilha da favela são, segundo a polícia, Luciano Barbosa Silva, o Lulu, André da Costa Brito, o Zaru, Milton Ferreira da Silva, o Zito, e Francisco Chagas Alves da Silva, o Hugo 45.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice