31/07/2000 - 13h34

Polícia de MG continua negociando com homem que matou família em Arcos

LARISSA SQUEFF
da Folha Online

Cerca de 60 homens da Polícia Militar e da Polícia Civil cercaram a casa do aposentado Otávio Rodrigues de Oliveira, de 38 anos, que está mantendo três filhos como reféns e matou a mãe, um irmão, a mulher, a sogra e um cunhado, na madrugada desta segunda-feira (31) em Arcos, no centro-oeste de Minas Gerais, a 220 km de Belo Horizonte.

De acordo com o capitão Robson José Queiroz, do Time Tático do Batalhão de Divinópolis, um homem da PM e outro da polícia civil estão negociando a rendição de Oliveira. Queiroz está na frente da casa do aposentado e afirmou que todas as janelas e portas da residência estão fechadas. "Não temos nenhum contato visual com o interior da casa ou com ele", disse.

Os negociadores estão falando com Oliveira da casa de uma vizinha. "Eles estão atrás do muro da casa da vizinha e ainda não sabem o que ele quer", disse o capitão.

Segundo Queiroz, o aposentado não faz nenhuma exigência e dá respostas evasivas sobre os motivos que teriam o levado aos assassinatos, mas acredita-se que ele teria matado a família por conta da separação da mulher, com quem não vivia mais há cerca de seis meses. "O comportamento dele é de uma pessoa psicótica. Parece que ele está tendo delírios", disse o capitão.

Queiroz afirmou ainda que Oliveira não disse que irá matar as crianças, mas a polícia não sabe qual as condições dos reféns e se eles ainda estão vivos.

Foram acionados para a operação 10 homens de Missões Especiais, do Batalhão de Belo Horizonte, 12 homens do Time Tático do Batalhão de Divinópolis, 4 homens do Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil, e vários policiais militares do Batalhão de Arco.

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