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29/10/2002 - 11h20

Governador reeleito de SP admite mudanças no pedágio e na escola

JANAÍNA NUNES
do Agora São Paulo
LÍVIA MARRA
da Folha Online

O governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, promete rever distorções na concessão de estradas e fazer exames anuais na rede pública de ensino do Estado.

Alckmin disse que fará alterações em dois programas que foram muito discutidos na campanha eleitoral para o governo do Estado de São Paulo: o de Progressão Continuada nas escolas e o de Concessão de Rodovias. Ele admitiu as alterações ontem durante entrevista para o SPTV - 1º Edição, da TV Globo, concedida da sede do PSDB em São Paulo.

"Acho boa a proposta do educador Paulo Freire, mas precisamos mexer em duas coisas: vamos fazer um grande esforço para investir na capacitação dos professores e mudar o sistema de avaliação. Hoje os exames dos alunos acontecem por ciclo [a cada quatro anos]. Vamos fazer avaliação todo ano para melhorar o sistema", disse.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, na manhã desta terça-feira, Alckmin reafirmou que a avaliação anual do aluno e a recuperação será intensificada por meio da progressão continuada.

Para o governador, a área da Educação tem passado por mudanças significativas, que vão desde a abertura de escolas nos finais de semana para atividades comunitárias até a presença da polícia.

Sobre a atuação de traficantes nas proximidades das escolas, Alckmin disse que o "combate às drogas é prioritário", conforme a rádio Jovem Pan.

Rodovias
O governador reeleito também falou de mudança no Programa de Concessão de Rodovias. O aumento de praças de pedágio nas rodovias estaduais foi utilizado contra Alckmin durante os debates no primeiro e no segundo turno, com também nos programas eleitorais gratuitos de José Genoino (PT) e de Paulo Maluf (PPB).

"O programa é importante. O governo jamais teria condições de fazer, simultaneamente, a pista descendente da Imigrantes, o prolongamento da Bandeirantes e as marginais da Castelo Branco a não ser através da cobrança de pedágio. Mas um programa de 20 anos merece ser aperfeiçoado e vamos corrigir possíveis distorções", admitiu ontem o governador.

Na entrevista de hoje, ele voltou a afirmar que o pedágio "proporciona a realização de obras pelo governo" e que não haverá redução do número de praças de cobranças nas estradas que servem a capital paulista.

Segurança
Alckmin disse nesta terça-feira que o número de policiais nas ruas será maior. Ele admite que há falha no uso de policiais militares nas muralhas dos presídios e que são muitos os policiais destinados a questões burocráticas. No entanto, afirmou que "isso será mudado".

Conforme o governador, 4.000 homens estão sendo treinados para atuar nas prisões. Além disso, afirmou que os 4.000 PMs que trabalham hoje nos presídios voltarão às ruas.

Lula
Alckmin disse hoje que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um homem "honrado, de bem, correto". Ele falou que espera "o melhor" de Lula e que acredita que um dos desafios do novo presidente será a questão do desenvolvimento econômico.

Para o governador de São Paulo, é necessário aumentar as exportações, investimentos no agronegócio, na indústria e apoiar a pequena empresa.

Alckmin afirmou ontem que o governo se empenhará na geração de emprego e renda. "Criaremos condições para empreendimentos e para oportunidades, potencializando as vocações do Estado e preparando as pessoas para este momento."

"Vamos cumprir a tradição histórica de ajudar o Brasil a superar a dificuldade", disse em entrevista à rádio Jovem Pan.

Conforme Alckmin, ainda não é hora de pensar em dívida. Ele disse hoje que "para discutir dívida tem de mudar lei de responsabilidade fiscal".

"Esse é o momento de confiança, de ganhar confiança de setores para melhorar a economia. Se começar com clima de enorme desconfiança, tudo piora. Antes de pensar nas questões locais, vamos ajudar o Brasil a crescer", afirmou.

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