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31/07/2000 - 22h17

Maquinista do trem de Perus presta depoimento na CPTM

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da Folha de S.Paulo

Osvaldo Pierucci, maquinista do comboio 127 que na sexta-feira perdeu os freios e se chocou contra um trem que estava parado na estação de Perus, zona noroeste, prestou depoimento hoje à tarde à comissão de sindicância instaurada pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para apurar as causas do acidente.

Ele foi o primeiro funcionário ouvido pela comissão. A companhia, no entanto, não revelou o teor de suas declarações. A empresa afirmou que as investigações da comissão de sindicância são sigilosas e não irá torná-las pública.

Desde sexta-feira, quando aconteceu o acidente, Pierucci é mantido afastado do serviço e longe da imprensa. A assessoria de imprensa da CPTM informou que a empresa "quer preservar" o funcionário. No acidente, nove pessoas morreram e outras 115 ficaram feridas.

A assessoria de imprensa afirmou que Pierucci estaria abalado com a tragédia e também pela morte de Selmo Quintal, 24, que fazia treinamento para se tornar maquinista e permaneceu no comboio 127. Pierucci é maquinista há três anos.

A CPTM também não informou se o outro maquinista do comboio que estava estacionado na estação já prestou ou iria prestar depoimento. As declarações dele são importantes para esclarecer por que as portas do trem não fecharam para, desta forma, permitir a partida do comboio e, assim, tentar evitar o acidente.

A assessoria de imprensa afirmou que a comissão tem até 14 de agosto para apresentar um relatório sobre seus trabalhos. Entre outras coisas, os membros do grupo _três engenheiros e um advogado _deverão investigar se a manutenção na rede, na linha e no trem é feita regularmente.

O delegado do 46º DP (Perus), Edvaldo Faria, responsável pelo inquérito que investiga as causas da tragédia, também não conseguiu chegar a Pierucci.

Hoje, Faria começou a ouvir as primeiras testemunhas do acidente. Ele afirmou que um investigador foi à CPTM para intimar o maquinista a depor, mas a empresa não forneceu o endereço do funcionário. A intimação foi entregue no departamento jurídico da CPTM, que se comprometeu a apresentar Pierucci.

Faria afirmou que além de Pierucci pretende ouvir o maquinista do outro trem, funcionários do CCO (Centro de Controle Operacional) e da própria estação.

De acordo com uma testemunha, que prestou depoimento ontem ao delegado e que estava no comboio parado na estação, o sinal de partida para o trem sair foi acionado três vezes. Porém, como o comboio não conseguia partir, uma funcionária da estação, segundo a testemunha, teria se dirigido à cabine do maquinista para saber o que estava acontecendo.

Somente depois disso é que os serviços de alto-falantes da estação anunciaram que era para os passageiros deixarem os vagões.

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