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08/11/2002
-
10h33
e LÍVIA MARRA
da Folha Online
De acordo com a polícia, o assassinato de Manfred e Marisia von Richthofen, ocorrido no último dia 31 de outubro no Brooklin, zona sul da cidade, foi planejado pela própria filha do casal, Suzane, 19, e pelo namorado dela, Daniel Cravinhos de Paula e Silva, 21.
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), os dois confessaram a autoria do crime durante a madrugada de hoje. O irmão de Daniel, Cristian, também admitiu em depoimento que participou das mortes.
O motivo do crime ainda não foi completamente esclarecido, mas Suzane declarou à polícia que os seus pais eram contrários ao seu relacionamento com Daniel. Ela também disse que tinha diversos atritos familiares por outros motivos.
Os três acusados estão do DHPP. Todos já tiveram a prisão preventiva decretada e deverão permanecer detidos aguardando julgamento. Os irmãos Daniel e Cristian ficarão em um distrito policial no centro, e Suzane, na zona oeste. Eles devem ficar em celas comuns, já que não têm curso superior.
Investigação
Para desvendar o crime, a polícia investigou as pessoas próximas ao casal Von Richthofen. A primeira pista que levou aos três acusados foi obtida com Cristian, irmão de Daniel.
O rapaz, que trabalha como mecânico, comprou uma moto Suzuki 1.100 cilindradas aproximadamente dez horas depois do crime. A compra teria sido feita por um "laranja", conhecido como Jorge.
A polícia desconfiou da transação porque descobriu que Jorge pagou a moto em dinheiro, usando 36 notas de US$ 100. O valor teria sido retirado da residência do casal assassinado na noite do crime.
Além disso, Cristian também caiu em contradição quando prestava depoimento: ele disse que na noite das mortes estava acompanhado de sua namorada, mas a moça negou esta versão à polícia.
Ao ser detido, o rapaz acabou confessando todo o caso durante esta madrugada. O depoimento levou às prisões de Daniel e Suzane, que também acabaram admitindo participação no crime.
Crime
Os corpos do casal Richthofen foram encontrados na madrugada de 31 de outubro. Eles foram mortos na mansão onde viviam, na rua Zacarias de Góes, Brooklin.
O casal foi assassinado com pancadas na região da cabeça. Os corpos do engenheiro Manfred, naturalizado brasileiro e diretor da Dersa, e da mulher, a psiquiatra Marísia, foram encontrados na cama pelos filhos por volta das 4h, segundo as primeiras informações dadas à polícia.
O engenheiro tinha uma toalha branca no rosto. Marísia estava com um saco plástico na cabeça. Um revólver calibre 38, do engenheiro, foi encontrado ao lado da cama. Conforme a polícia, a arma não foi usada.
A casa não tinha sinais de arrombamento e o alarme e sistema interno de televisão estavam desligados, o que levou a polícia a investigar a hipótese de o crime ter sido cometido por pessoas próximas às vítimas.
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MILENA BUOSIe LÍVIA MARRA
da Folha Online
De acordo com a polícia, o assassinato de Manfred e Marisia von Richthofen, ocorrido no último dia 31 de outubro no Brooklin, zona sul da cidade, foi planejado pela própria filha do casal, Suzane, 19, e pelo namorado dela, Daniel Cravinhos de Paula e Silva, 21.
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), os dois confessaram a autoria do crime durante a madrugada de hoje. O irmão de Daniel, Cristian, também admitiu em depoimento que participou das mortes.
Flávio Grieger/Folha Imagem |
Suzane (dir.), no enterro dos pais assassinados, e o namorado Daniel (à esq., com gravata) |
O motivo do crime ainda não foi completamente esclarecido, mas Suzane declarou à polícia que os seus pais eram contrários ao seu relacionamento com Daniel. Ela também disse que tinha diversos atritos familiares por outros motivos.
Os três acusados estão do DHPP. Todos já tiveram a prisão preventiva decretada e deverão permanecer detidos aguardando julgamento. Os irmãos Daniel e Cristian ficarão em um distrito policial no centro, e Suzane, na zona oeste. Eles devem ficar em celas comuns, já que não têm curso superior.
Investigação
Para desvendar o crime, a polícia investigou as pessoas próximas ao casal Von Richthofen. A primeira pista que levou aos três acusados foi obtida com Cristian, irmão de Daniel.
O rapaz, que trabalha como mecânico, comprou uma moto Suzuki 1.100 cilindradas aproximadamente dez horas depois do crime. A compra teria sido feita por um "laranja", conhecido como Jorge.
A polícia desconfiou da transação porque descobriu que Jorge pagou a moto em dinheiro, usando 36 notas de US$ 100. O valor teria sido retirado da residência do casal assassinado na noite do crime.
Além disso, Cristian também caiu em contradição quando prestava depoimento: ele disse que na noite das mortes estava acompanhado de sua namorada, mas a moça negou esta versão à polícia.
Ao ser detido, o rapaz acabou confessando todo o caso durante esta madrugada. O depoimento levou às prisões de Daniel e Suzane, que também acabaram admitindo participação no crime.
Crime
Os corpos do casal Richthofen foram encontrados na madrugada de 31 de outubro. Eles foram mortos na mansão onde viviam, na rua Zacarias de Góes, Brooklin.
O casal foi assassinado com pancadas na região da cabeça. Os corpos do engenheiro Manfred, naturalizado brasileiro e diretor da Dersa, e da mulher, a psiquiatra Marísia, foram encontrados na cama pelos filhos por volta das 4h, segundo as primeiras informações dadas à polícia.
O engenheiro tinha uma toalha branca no rosto. Marísia estava com um saco plástico na cabeça. Um revólver calibre 38, do engenheiro, foi encontrado ao lado da cama. Conforme a polícia, a arma não foi usada.
A casa não tinha sinais de arrombamento e o alarme e sistema interno de televisão estavam desligados, o que levou a polícia a investigar a hipótese de o crime ter sido cometido por pessoas próximas às vítimas.
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