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13/11/2002 - 11h56

Reconstituição começa com preparação da cena do crime no Brooklin

MILENA BUOSI
da Folha Online

A reconstituição do assassinato do casal Marísia e Manfred von Richthofen começou por volta das 11h30 com a preparação da cena do crime. Os três acusados -a filha das vítimas, Suzane, 19, o namorado Daniel Cravinhos, 21, e o seu irmão Cristian, 26-, participam da reconstituição separadamente. Eles estão em diferentes cômodos da casa, no Brooklin, zona sul de São Paulo.

Suzane deverá indicar como pegou as luvas cirúrgicas da mãe, que era médica psiquiátrica- e os sacos de lixo usados para cobrir o rosto de Marísia. Com a reconstituição, a polícia pretende esclarecer sua participação no crime.

Cada um dos acusados vai mostrar como chegou na casa. Cristian deu início aos trabalhos.

Promotores e policiais foram revistados quando chegaram na casa para evitar que carregassem câmeras escondidas.

Houve tumulto na chegada dos três acusados. Suzane foi chamada de assassina. Andreas, 15, irmão de Suzane, também participa da reconstituição.

O crime
Os corpos de Manfred e Marísia foram descobertos na cama, na madrugada de 31 de outubro. O engenheiro tinha uma toalha branca no rosto e Marísia estava com um saco plástico na cabeça.

Na sexta-feira (8), após depoimentos que se estenderam pela madrugada, a Polícia Civil anunciou ter desvendado o crime.

Segundo o DHPP, Suzane, Daniel e Cristian planejaram e executaram o assassinato. A motivação seria a proibição do namoro de Suzane e Daniel e a consequente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais 'por amor' ao namorado.

A casa não tinha sinais de arrombamento e o alarme e sistema interno de televisão estavam desligados, o que levou a polícia a investigar a hipótese de o crime ter sido cometido por pessoas próximas às vítimas. A biblioteca estava revirada.

Um revólver calibre 38, do engenheiro, foi encontrado ao lado da cama. Conforme a polícia, a arma não foi usada.

Suzane disse à polícia, no dia do crime, que havia saído com o namorado e com o irmão na noite de 30 de outubro. Deixaram Andreas em um cibercafé e foram a um motel. Na volta, disse que encontrou as portas abertas e as luzes acesas.

Na ocasião, informou aos policiais do 27º Distrito Policial o desaparecimento de R$ 8.000 e US$ 5.000.
Durante novos depoimentos feitos ao DHPP, os policiais perceberam contradições entre as falas de Suzane, do irmão e do namorado.

Jóias foram encontradas no sítio da namorada de Cristian, C., 16, em Mairinque (66 km a oeste de São Paulo). Ela é uma das testemunhas da polícia.

Seu pai disse ontem, após depoimento da adolescente no DHPP, que Cristian chegou a ameaçar a filha de morte caso ela contasse para alguém sobre o assassinato. Disse também que Cristian passou com sua família o primeiro final de semana depois do crime, quando, provavelmente, escondeu as jóias na casa.

Leia mais:

  • Confira como foram os depoimentos de Suzane e Daniel

  • Suzane é chamada de 'assassina' ao chegar para reconstituição
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