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02/08/2000 - 20h41

Chuvas isolam 15 cidades em Alagoas

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da Agência Folha, em Maceió

As chuvas e as cheias dos rios em Alagoas já deixaram um saldo de 29 mortos, 59 mil desabrigados e 25 cidades em estado de calamidade pública, além de outras quatro em estado de emergência.

Apenas hoje, a Defesa Civil de Alagoas contabilizou mais 20 mortos. Das cidades atingidas, 15 estavam totalmente isoladas, sem energia elétrica e ligação telefônica. A situação mais crítica é a dos municípios ao norte do Estado, especialmente São Luís do Quitunde (90 km de Maceió), onde morreram nove pessoas.

A situação em Alagoas tende a se agravar nas próximas horas, porque não tem parado de chover na cabeceira dos rios, todas em Pernambuco.

"O quadro é desesperador", afirmou o governador Ronaldo Lessa (PSB), antes mesmo de ter sobrevoado a região na companhia do presidente Fernando Henrique Cardoso.

"É uma verdadeira operação de guerra", afirmou Fernando Henrique, na chegada a Maceió, quando anunciou que haverá reforço na atuação das Forças Armadas na região.

Nesta quarta-feira (2), em Alagoas, havia a previsão de atuação de seis helicópteros e de um navio para o transporte de alimentos e remédios para as áreas mais isoladas.

O navio Grajaú, da Marinha, partiria na noite para a região norte do Estado com 10 mil cestas de alimentos para moradores de Maragogi, Japaratinga, Porto de Pedras, Paripueira, Barra de Santo Antônio, e São Luiz do Quitunde. Nesses municípios faltava até água potável para seus moradores.

Devido ao isolamento, a Comissão Estadual de Defesa Civil não conseguiu atender os pleitos dos hospitais que pediam remédios e mais profissionais.

Apenas em União dos Palmares (80 km de Maceió), que tinha 11 mil desabrigados, mais de 50 pessoas ficaram feridas pela força das águas do rio Mundaú ou por desabamentos.

Em Porto de Pedras, o principal drama era a falta de alimentação. Lessa autorizou os moradores a usarem a merenda escolar depois que o governo foi avisado de que apenas a padaria da cidade vendia alimentos. Os demais estabelecimentos estavam submersos.

Com as cheias, o governo alagoano teme a proliferação de doenças como a leptospirose e o cólera. Neste ano o Estado já registrou seis casos de leptospirose e 180 de cólera.

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