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16/12/2002
-
12h18
Os brasileiros se casam cada vez menos e mais tarde, segundo pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada hoje.
Por outro lado, os casamentos que resultam em rompimento estão durando mais (em média, 10,5 anos em 2000 contra 9,5 em 1991) e o número de divórcios e separações está estabilizado.
Os dados fazem parte das Estatísticas do Registro Civil, que traçam um panorama da década de 1990 e já revelam algumas tendências para 2001.
Segundo o IBGE, a taxa geral de casamentos legais caiu gradualmente durante a última década, passando de 8 por grupo de mil habitantes em 1990 para 5,7 por mil em 2001. Essa tendência de queda foi observada principalmente nas regiões Sudeste e Sul.
O ano de 1999 foi uma exceção: apresentou o maior número absoluto de casamentos da década (788 mil) e teve aumento nas taxas em todas as regiões. Isso se deveu, em parte, a várias cerimônias coletivas de uniões legais, sobretudo nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.
Idade
Os dados do Registro Civil revelam que as mulheres se casam mais cedo do que os homens, embora a média de idade ao casar tenha aumentado, para ambos os sexos.
A idade média dos homens ao casar aumentou de 26,9 anos em 1990 para 29,3 anos em 2000. A das mulheres aumentou de 23,5 anos em 1990 para 25,7 anos em 2000.
Considerando-se apenas a idade média do primeiro casamento, também houve aumentos de 25,8 anos para 27,4 no caso dos homens, e de 22,8 para 24,3 no caso das mulheres.
Entre as mulheres, a maior taxa de casamentos ocorre na faixa dos 15 aos 24 anos. Já entre os homens, ela se situa na faixa dos 20 a 29 anos. As taxas em ambos os grupos estão caindo, no entanto, como resultado do adiamento dos casamentos.
Enquanto em 1990 ocorreram 47,6 casamentos por mil homens de 20 a 24 anos, em 2000 esse índice caiu para 29,1. E enquanto em 1990 34,3 em cada mil mulheres de 15 a 24 anos se casaram, em 2000 a proporção foi de 21,2.
Por outro lado, observou-se um aumento na proporção de casamentos entre pessoas com mais de 60 anos. Enquanto, em 1990, 1,3 em cada mil homens nessa faixa de idade se casaram, em 2000 a taxa passou para 2,3. No caso das mulheres, a taxa subiu de 0,4 por mil em 1990 para 0,7 em 2000.
Para a pesquisadora do IBGE Elisa Caillaux, a queda no número de casamentos formais e o fato dos brasileiros se casarem um pouco mais tarde pode ser explicado por questões econômicas e também devido a mudanças culturais.
"Muitas pessoas preferem viver em união consensual antes de casar com o registro legal", disse.
Solteiros
O perfil das uniões legais durante a década também se modificou quanto ao estado civil. Embora ainda seja maioria, o casamento entre solteiros caiu de 93,9% do total em 1990 para 88,4% em 2000.
Enquanto isso, a união entre divorciados e viúvos mais que dobrou, passando de 1% em 1990 para 2,4% do total de casamentos em 2000.
Também cresceu o número de casamentos em que apenas um dos cônjuges era solteiro, de 5,2% em 1990 para 9,2% em 2000.
Confirmando a tendência de décadas anteriores, o mês de dezembro continuou a ser o preferido para a realização dos casamentos, seguido pelos meses de setembro, julho e maio. Agosto é o mês em que menos se realizam casamentos.
Leia mais:
21,3% dos nascidos em 2000 no país não foram registrados no ano
Brasileiros se casam cada vez menos e mais tarde, diz IBGE
da Folha OnlineOs brasileiros se casam cada vez menos e mais tarde, segundo pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada hoje.
Por outro lado, os casamentos que resultam em rompimento estão durando mais (em média, 10,5 anos em 2000 contra 9,5 em 1991) e o número de divórcios e separações está estabilizado.
Os dados fazem parte das Estatísticas do Registro Civil, que traçam um panorama da década de 1990 e já revelam algumas tendências para 2001.
Segundo o IBGE, a taxa geral de casamentos legais caiu gradualmente durante a última década, passando de 8 por grupo de mil habitantes em 1990 para 5,7 por mil em 2001. Essa tendência de queda foi observada principalmente nas regiões Sudeste e Sul.
O ano de 1999 foi uma exceção: apresentou o maior número absoluto de casamentos da década (788 mil) e teve aumento nas taxas em todas as regiões. Isso se deveu, em parte, a várias cerimônias coletivas de uniões legais, sobretudo nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.
Idade
Os dados do Registro Civil revelam que as mulheres se casam mais cedo do que os homens, embora a média de idade ao casar tenha aumentado, para ambos os sexos.
A idade média dos homens ao casar aumentou de 26,9 anos em 1990 para 29,3 anos em 2000. A das mulheres aumentou de 23,5 anos em 1990 para 25,7 anos em 2000.
Considerando-se apenas a idade média do primeiro casamento, também houve aumentos de 25,8 anos para 27,4 no caso dos homens, e de 22,8 para 24,3 no caso das mulheres.
Entre as mulheres, a maior taxa de casamentos ocorre na faixa dos 15 aos 24 anos. Já entre os homens, ela se situa na faixa dos 20 a 29 anos. As taxas em ambos os grupos estão caindo, no entanto, como resultado do adiamento dos casamentos.
Enquanto em 1990 ocorreram 47,6 casamentos por mil homens de 20 a 24 anos, em 2000 esse índice caiu para 29,1. E enquanto em 1990 34,3 em cada mil mulheres de 15 a 24 anos se casaram, em 2000 a proporção foi de 21,2.
Por outro lado, observou-se um aumento na proporção de casamentos entre pessoas com mais de 60 anos. Enquanto, em 1990, 1,3 em cada mil homens nessa faixa de idade se casaram, em 2000 a taxa passou para 2,3. No caso das mulheres, a taxa subiu de 0,4 por mil em 1990 para 0,7 em 2000.
Para a pesquisadora do IBGE Elisa Caillaux, a queda no número de casamentos formais e o fato dos brasileiros se casarem um pouco mais tarde pode ser explicado por questões econômicas e também devido a mudanças culturais.
"Muitas pessoas preferem viver em união consensual antes de casar com o registro legal", disse.
Solteiros
O perfil das uniões legais durante a década também se modificou quanto ao estado civil. Embora ainda seja maioria, o casamento entre solteiros caiu de 93,9% do total em 1990 para 88,4% em 2000.
Enquanto isso, a união entre divorciados e viúvos mais que dobrou, passando de 1% em 1990 para 2,4% do total de casamentos em 2000.
Também cresceu o número de casamentos em que apenas um dos cônjuges era solteiro, de 5,2% em 1990 para 9,2% em 2000.
Confirmando a tendência de décadas anteriores, o mês de dezembro continuou a ser o preferido para a realização dos casamentos, seguido pelos meses de setembro, julho e maio. Agosto é o mês em que menos se realizam casamentos.
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