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16/12/2002
-
17h02
da Folha Online
Diante do momento mais polêmico de sua recente trajetória política, a vereadora Havanir Nimtz (Prona) pode ter trocado o seu voto na eleição para a presidência da Câmara Municipal de São Paulo pela absolvição na sindicância que enfrenta na Casa.
Atendendo uma solicitação do Ministério Público, a Câmara nomeou uma comissão para apurar a suposta venda de legenda articulada pela médica dermatologista aos interessados em disputar uma cadeira na Assembléia Legislativa, onde Havanir assume mandato de deputada estadual no ano que vem. Na semana passada, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) abriu inquérito judicial contra o Prona, partido da vereadora.
Única parlamentar ausente no domingo, a vereadora do Prona faltou para não ter que votar em Antonio Carlos Rodrigues (PL), candidato derrotado na eleição que levou o governista Arselino Tatto à direção da Mesa. O nome de Havanir era um dos 29 que compunha a lista de apoios divulgada por Rodrigues para ganhar a eleição.
A Folha Online apurou que por causa da situação desconfortável na Casa, Havanir negociou com lideranças do PT a sua absolvição e não apareceu para votar. "Não deixaram a Havanir vir", afirmava Rodrigues durante a votação no plenário. O vereador do PL teria conversado com Havanir na noite anterior, por volta das 23h30, quando ficou sabendo que ela estaria sendo pressionada para não ir à Câmara.
A atitude da vereadora do Prona revoltou o grupo que sustentava a candidatura de Rodrigues. O pepebista Salim Curiati, que faz parte da comissão de sindicância, afirmou que Havanir foi ameaçada por governistas.
Os nove integrantes da comissão de sindicância contra Havanir terão uma reunião informal no final da tarde para discutir o relatório elaborado por Milton Leite, líder da bancada do PMDB. Segundo Leite, o relatório já estava pronto antes do início da votação e registra que "há indícios de quebra de decoro parlamentar de Havanir".
"Não há elementos para absolvê-la. Não me sinto numa situação confortável para não dar sequência. Os depoimentos registram que há indício de quebra de decoro parlamentar. Agora vou apresentar para a comissão e espero que me sigam", afirmou Leite.
Caso a maioria dos vereadores concordem com a posição do relator, a Câmara pode determinar a abertura de uma comissão processante, que pode cassar o mandato da vereadora. Mas isso não deverá ocorrer. A comissão está dividida em dois grupos e a maioria é favorável à absolvição de Havanir.
Havanir falta em eleição na Câmara e sindicância pode acabar em pizza
SILVIO NAVARROda Folha Online
Diante do momento mais polêmico de sua recente trajetória política, a vereadora Havanir Nimtz (Prona) pode ter trocado o seu voto na eleição para a presidência da Câmara Municipal de São Paulo pela absolvição na sindicância que enfrenta na Casa.
Atendendo uma solicitação do Ministério Público, a Câmara nomeou uma comissão para apurar a suposta venda de legenda articulada pela médica dermatologista aos interessados em disputar uma cadeira na Assembléia Legislativa, onde Havanir assume mandato de deputada estadual no ano que vem. Na semana passada, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) abriu inquérito judicial contra o Prona, partido da vereadora.
Única parlamentar ausente no domingo, a vereadora do Prona faltou para não ter que votar em Antonio Carlos Rodrigues (PL), candidato derrotado na eleição que levou o governista Arselino Tatto à direção da Mesa. O nome de Havanir era um dos 29 que compunha a lista de apoios divulgada por Rodrigues para ganhar a eleição.
A Folha Online apurou que por causa da situação desconfortável na Casa, Havanir negociou com lideranças do PT a sua absolvição e não apareceu para votar. "Não deixaram a Havanir vir", afirmava Rodrigues durante a votação no plenário. O vereador do PL teria conversado com Havanir na noite anterior, por volta das 23h30, quando ficou sabendo que ela estaria sendo pressionada para não ir à Câmara.
A atitude da vereadora do Prona revoltou o grupo que sustentava a candidatura de Rodrigues. O pepebista Salim Curiati, que faz parte da comissão de sindicância, afirmou que Havanir foi ameaçada por governistas.
Os nove integrantes da comissão de sindicância contra Havanir terão uma reunião informal no final da tarde para discutir o relatório elaborado por Milton Leite, líder da bancada do PMDB. Segundo Leite, o relatório já estava pronto antes do início da votação e registra que "há indícios de quebra de decoro parlamentar de Havanir".
"Não há elementos para absolvê-la. Não me sinto numa situação confortável para não dar sequência. Os depoimentos registram que há indício de quebra de decoro parlamentar. Agora vou apresentar para a comissão e espero que me sigam", afirmou Leite.
Caso a maioria dos vereadores concordem com a posição do relator, a Câmara pode determinar a abertura de uma comissão processante, que pode cassar o mandato da vereadora. Mas isso não deverá ocorrer. A comissão está dividida em dois grupos e a maioria é favorável à absolvição de Havanir.
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