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17/12/2002 - 07h04

Jurista Evandro Lins e Silva morre aos 90 anos no Rio

da Folha Online

O advogado criminalista e membro da Academia Brasileira de Letras Evandro Lins e Silva, 90, morreu no início da manhã de hoje no Rio de Janeiro. Ele estava internado desde a última quinta-feira na clínica São Vicente, na Gávea (zona sul).

Alan Marques/FI

Evandro Lins e Silva
O corpo de Lins e Silva será velado na ABL (Academia Brasileira de Letras) e o enterro está previsto para às 17h no mausoléu da entidade, no cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul).

O jurista, que ocupa a cadeira número um da ABL, sofreu traumatismo craniano na noite de quinta-feira após cair e bater com a cabeça no meio-fio no aeroporto Santos Dumont. O acidente ocorreu quando ele tentava pegar um táxi.

Ele foi operado na madrugada de sexta-feira para tentar drenar líquido dos ventrículos (cavidades) cerebrais e controlar a pressão intracraniana.

O advogado, porém, entrou em coma e não apresentou melhora de seu quadro clínico, segundo informações do neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho e do clínico geral Emílio Francischettie, responsáveis pelo paciente.

Lins e Silva retornava ao Rio de uma viagem a Brasília, onde havia sido nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para o Conselho da República, órgão consultivo da Presidência.

Desde 1998 na ABL, Evandro Lins e Silva foi considerado um dos maiores criminalistas brasileiros deste século. Neste ano, participou do abaixo-assinado "Advogados com Lula". Após vencer a eleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajou ao Rio para fazer um "agradecimento histórico" a Lins e Silva, ao economista Celso Furtado e ao advogado Raymundo Faoro.

Piauiense de Parnaíba, nasceu em 18 de janeiro de 1912. Seu pai, Raul Lins e Silva, era juiz. Em 1929 ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro.

Lins e Silva foi casado por 43 anos com Maria Luísa Konder Lins e Silva, que morreu em 1984. Tinha quatro filhos, 11 netos e dois bisnetos.O criminalista foi chefe do Gabinete Civil da Presidência e ministro das Relações Exteriores no governo João Goulart (1961-1964). Também foi ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) durante o regime militar.

O imortal foi um dos advogados que redigiram o pedido de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.

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