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03/08/2000
-
19h00
LUANA GARCIA
da Folha Online
João Roberto Zaniboni, diretor de operação e manutenção da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), afirmou nesta quinta-feira (3), em entrevista coletiva, que os trens da companhia não contém calços que poderiam servir de freios para as composições em uma eventual emergência.
De acordo com ele, este tipo de equipamento tem de constar, obrigatoriamente, dentro dos trens, segundo norma adotada pela empresa em março deste ano. No entanto, quando perguntado se todos os trens da companhia contariam com tal recurso, Zaniboni foi categórico: "eu acho que você não vai ver o calço".
"Todos os trens que fazem paradas em declive têm de ter calços. No entanto, o porquê de a norma não ser cumprida é um dos objetivos da sindicância instaurada pela CPTM", disse o diretor.
Porém, de acordo com ele, a sindicância investigará a existência do recurso apenas no trem que, desgovernado, se chocou com outra composição no dia 28 de julho, na estação de Perus, na zona oeste de São Paulo. "É esse o objetivo inicial e principal da equipe (sindicância)."
A respeito do acidente, o diretor não garantiu se os maquinistas do trem desgovernado de Perus chegaram a utilizar tal recurso. "Os dois afirmaram que não havia calços, mas eu não sei dizer isso", disse Zaniboni. Segundo ele, o trem estaria sendo levado para vistoria ainda hoje.
De acordo com o diretor, a composição envolvida no acidente em Perus contava com três freios: o reustático _que não estaria funcionando em razão do corte de energia elétrica na rede, o pneumático _que funcionaria a base de ar comprimido, e o de estacionamento, que é acionado em situação de emergência.
"Não sabemos explicar porque nenhum deles funcionou. É isso que estamos tentando descobrir através da sindicância", afirmou Zaniboni.
O diretor afirma que os investigadores ouviram, até agora, oito pessoas: 1 engenheiro responsável, no dia do acidente, pela operação em Perus; três funcionários do centro de controle da CPTM; dois maquinistas _um do trem desgovernado e outro, da composição estacionada em Perus, e dois funcionários do serviço de energia elétrica na estação.
Hoje, segundo ele, estariam sendo ouvidos um agente de estação, dois funcionários e outras duas pessoas ligadas à empresa. Todos eles teriam auxiliado no resgate das vítimas no momento do acidente.
Zaniboni, no meio da entrevista, deixou o local onde conversava com os repórteres. A assessoria de imprensa disse que ele tinha um compromisso urgente e que ele pensou que a entrevista já tivesse acabado.
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CPTM admite não cumprir norma de segurança
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João Roberto Zaniboni, diretor de operação e manutenção da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), afirmou nesta quinta-feira (3), em entrevista coletiva, que os trens da companhia não contém calços que poderiam servir de freios para as composições em uma eventual emergência.
De acordo com ele, este tipo de equipamento tem de constar, obrigatoriamente, dentro dos trens, segundo norma adotada pela empresa em março deste ano. No entanto, quando perguntado se todos os trens da companhia contariam com tal recurso, Zaniboni foi categórico: "eu acho que você não vai ver o calço".
"Todos os trens que fazem paradas em declive têm de ter calços. No entanto, o porquê de a norma não ser cumprida é um dos objetivos da sindicância instaurada pela CPTM", disse o diretor.
Porém, de acordo com ele, a sindicância investigará a existência do recurso apenas no trem que, desgovernado, se chocou com outra composição no dia 28 de julho, na estação de Perus, na zona oeste de São Paulo. "É esse o objetivo inicial e principal da equipe (sindicância)."
A respeito do acidente, o diretor não garantiu se os maquinistas do trem desgovernado de Perus chegaram a utilizar tal recurso. "Os dois afirmaram que não havia calços, mas eu não sei dizer isso", disse Zaniboni. Segundo ele, o trem estaria sendo levado para vistoria ainda hoje.
De acordo com o diretor, a composição envolvida no acidente em Perus contava com três freios: o reustático _que não estaria funcionando em razão do corte de energia elétrica na rede, o pneumático _que funcionaria a base de ar comprimido, e o de estacionamento, que é acionado em situação de emergência.
"Não sabemos explicar porque nenhum deles funcionou. É isso que estamos tentando descobrir através da sindicância", afirmou Zaniboni.
O diretor afirma que os investigadores ouviram, até agora, oito pessoas: 1 engenheiro responsável, no dia do acidente, pela operação em Perus; três funcionários do centro de controle da CPTM; dois maquinistas _um do trem desgovernado e outro, da composição estacionada em Perus, e dois funcionários do serviço de energia elétrica na estação.
Hoje, segundo ele, estariam sendo ouvidos um agente de estação, dois funcionários e outras duas pessoas ligadas à empresa. Todos eles teriam auxiliado no resgate das vítimas no momento do acidente.
Zaniboni, no meio da entrevista, deixou o local onde conversava com os repórteres. A assessoria de imprensa disse que ele tinha um compromisso urgente e que ele pensou que a entrevista já tivesse acabado.
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