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07/01/2003 - 19h13

Cantor Belo é condenado a seis anos de prisão pela Justiça do Rio

LETÍCIA JARDIM GUEDES
LÍVIA MARRA
da Folha Online

O cantor Marcelo Pires Viera, o Belo, foi condenado a seis anos de prisão em regime fechado por associação para o tráfico de drogas. A decisão é da juíza Rute Viana Lins, da 34ª Vara Criminal do Rio.

Apesar da condenação, o cantor poderá recorrer em liberdade, de acordo com a sentença.

Folha Imagem

O cantor Belo
Segundo o Tribunal de Justiça do Estado, a decisão é do dia 30 de dezembro. Procuradas pela Folha Online, pessoas ligadas ao cantor disseram que Belo foi informado da decisão somente hoje.

O cantor passou o dia em casa com a namorada, a modelo Viviane Araújo.

As suspeitas de envolvimento de Belo com traficantes surgiram a partir de grampos, autorizados pela Justiça, e divulgados em maio de 2002. Os grampos revelaram conversas entre o cantor e Waldir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho (zona norte).

Vado foi morto dia 20 de agosto, durante confronto com policiais militares na favela.

Nas conversas telefônicas interceptadas, o traficante pede R$ 11 mil para comprar um "tecido fino". Em troca, daria um "tênis AR" para Belo. Para a polícia, o "tecido fino" é cocaína e o tênis, um fuzil AR-15.

Ao todo, 21 pessoas foram indiciadas no processo, entre elas Vado (já morto) e o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, principal acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. O crime ocorreu em 2 de junho do ano passado no complexo do Alemão (zona norte). Elias Maluco foi preso dia 20 de setembro, durante operação policial.

Segundo a sentença, apenas um dos acusados foi absolvido. Dos condenados, apenas Belo poderá apelar em liberdade.

A senteça diz ainda que quatro dos condenados -entre eles, Belo- "são primários e de bons antecedentes".

Prisão

A prisão preventiva de Belo foi decretada em 29 de maio, mas ele se entregou depois de passar uma semana foragido.

O cantor ficou detido na carceragem da DAS (Delegacia Anti-Sequestro), no Leblon, zona sul, por 37 dias, até ser beneficiado pelo habeas corpus concedido pelo presidente do STF, ministro Marco Aurélio de Mello, durante o recesso do judiciário.

Em 8 de agosto, a ministra Ellen Gracie Northfleet, do STF (Supremo Tribunal Federal), revogou o habeas corpus.

A partir daí, a Justiça julgou recursos que pediam o restabelecimento da prisão do cantor, mas ele permanece em liberdade.


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