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Motoristas de SP insistem em seguir pela Mogi-Bertioga
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ALEXANDRE ORRICO
Colaboração para a Folha de S.Paulo
Apesar do bloqueio da rodovia Mogi-Bertioga --um dos principais acessos ao litoral norte de SP--, vários motoristas que deixam as praias rumo à capital insistem em seguir pela via. A estrada está interditada desde o dia 8 devido a um deslizamento de terra.
Segundo o soldado Jefferson, da Polícia Rodoviária de São Paulo, não falta sinalização. "A cada quilômetro da rodovia temos sinalização. Desde a Ayrton Senna temos placas e demonstrativos luminosos alertando sobre o bloqueio da pista", diz o soldado.
A via não pode ser completamente fechada porque existem moradores na região, que acessam suas casas pela pista.
"Os que insistem não passam do quilômetro 77, onde tem um carro da polícia. De lá, os veículos são obrigados a retornar, pois não existem mais residências", completa Jefferson.
A via será inspecionada hoje pela Secretaria dos Transportes, que fará um balanço da evolução das obras para dizer se será possível a liberação ainda antes do Réveillon.
Tráfego intenso
Na rodovia Tamoios, uma das alternativas para a Mogi-Bertioga, o motorista que seguiu em direção ao litoral sofreu mais: da 0h até as 17h de ontem, aproximadamente 14.500 veículos desceram em direção às praias e 10.600 voltaram para a capital.
No sistema Anchieta-Imigrantes, de acordo com a concessionária Ecovias, às 20h30 foi registrado engarrafamento de 21 quilômetros na volta para São Paulo.
Na Régis Bittencourt, houve lentidão devido a uma manifestação de moradores contra os atropelamentos na região, que deixou a rodovia interditada nos dois sentidos. O excesso de veículos na volta do feriado do Natal também contribuiu para o tráfego intenso na via.
Por volta das 16h de ontem, o motorista enfrentava 38 quilômetros de filas no sentido São Paulo e nove quilômetros no sentido Curitiba. Às 20h50 o tráfego era um pouco menor no sentido SP: 14 quilômetros de congestionamento.
A estimativa da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) é que mais de 1,8 milhão de veículos deixem a cidade de São Paulo entre o Natal e o Ano Novo -a frota da cidade é de 6,3 milhões de veículos. O rodízio está suspenso na capital até o dia 8 de janeiro.
No litoral
O forte calor atraiu nesse fim de semana milhares de banhistas para as praias do Estado.
No Guarujá (86 km de SP), era difícil conseguir um espaço na areia. Ontem, a temperatura chegou aos 30 C.
Na cidade de Santos, os turistas ocuparam também a orla da praia, aproveitando o dia para caminhar e andar de bicicleta.
Sujeira
Embora existam lixeiras nas orlas, as praias do litoral paulista continuam sujas. No litoral sul, em Itanhaém (106 km de SP) e na Praia Grande (71 km de SP), o turista encontra muito lixo espalhado pela areia.
Para piorar o problema da sujeira, os banhistas que quiserem usar o banheiro nas praias paulistas precisarão desembolsar de R$ 1 a R$ 2.
Apenas as praias de Santos e Mongaguá (89 km de SP), também no litoral sul, oferecem sanitários públicos. Aqueles que se recusam a pagar nas demais cidades acabam usando o próprio mar como banheiro, uma reclamação constante entre os banhistas.
Colaboraram o Agora e a Folha Online
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