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04/02/2003
-
12h19
da Folha Online
Os empresários de ônibus pediram ontem aos representantes da administração Marta Suplicy (PT) um adiamento da licitação do transporte por mais dois anos. Nesse período, eles firmariam novos contratos emergenciais com a prefeitura e estudariam com mais calma a proposta de mudanças.
A informação é do secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, e do presidente da SPTrans, Gérson Luis Bittencourt, que descartaram a possibilidade.
Se a reivindicação fosse atendida, a reformulação do sistema de transporte só seria implantada na próxima gestão. "Eles não querem um contrato de longo prazo. Querem viver de emergência", afirmou Jilmar Tatto.
As viações de ônibus de São Paulo operam desde sábado sem nenhum vínculo formal com a prefeitura, já que os últimos contratos emergenciais acabaram no dia 31. Na gestão Marta, já foram feitas duas contratações emergenciais, por seis meses cada.
O presidente do Transurb, Sérgio Pavani, disse que as viações não renovaram os emergenciais por causa de uma determinação de Tatto. "O secretário entende que não devemos assinar os contratos enquanto não entrarmos na concorrência", afirmou Pavani. 'Eu prefiro não discutir e continuar a cumprir minha tarefa.'
O secretário dos Transportes confirmou que só assinará os emergenciais depois que for definida a entrega dos envelopes da licitação. "Eu faço os contratos de emergência assim que eles entregarem os envelopes", disse.
Tatto disse não ver problemas no fato de as empresas de ônibus rodarem sem contrato. Ele disse que, se elas quiserem, poderão devolver as linhas, que seriam repassadas aos perueiros. "Mas, se continuarem rodando, terão que seguir as regras do sistema."
Greve
Os motoristas e cobradores entraram hoje em greve, pelo segundo dia consecutivo. A paralisação contraria decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho). A Justiça determinou ontem a circulação de 80% dos veículos nos horários de pico: das 5h às 8h e das 17h às 20h. Nos demais horários, as empresas deverão manter em operação 60% dos ônibus.
No entanto, segundo a SPTrans, empresa que gerencia o transporte público na cidade, 96% da frota está paralisada. Apenas as viações Tupi e Paratodos, que operam na zona sul, estão em circulação. São Paulo tem cerca de 10.000 ônibus e as empresas que operam têm cerca de 400 veículos.
A Paratodos já teve hoje quatro veículos depredados. Ninguém ficou ferido. Ontem, a SPTrans contabilizou 95 ônibus destruídos.
De acordo com o TRT, o descumprimento da determinação acarretará aos responsáveis uma multa diária no valor de R$ 50 mil e uma outra no valor de R$ 10 mil, caso ocorram 'manifestações que possam constranger ou ameaçar direitos de terceiros, causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa ou bloqueio de trânsito'.
Uma audiência de conciliação entre motoristas, empresários de ônibus e a SPTrans deve ocorrer nesta tarde. Não há registro de tumultos ou vias interditadas.
Viações querem adiar licitação em São Paulo por 2 anos
da Folha de S.Pauloda Folha Online
Os empresários de ônibus pediram ontem aos representantes da administração Marta Suplicy (PT) um adiamento da licitação do transporte por mais dois anos. Nesse período, eles firmariam novos contratos emergenciais com a prefeitura e estudariam com mais calma a proposta de mudanças.
A informação é do secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, e do presidente da SPTrans, Gérson Luis Bittencourt, que descartaram a possibilidade.
Se a reivindicação fosse atendida, a reformulação do sistema de transporte só seria implantada na próxima gestão. "Eles não querem um contrato de longo prazo. Querem viver de emergência", afirmou Jilmar Tatto.
As viações de ônibus de São Paulo operam desde sábado sem nenhum vínculo formal com a prefeitura, já que os últimos contratos emergenciais acabaram no dia 31. Na gestão Marta, já foram feitas duas contratações emergenciais, por seis meses cada.
O presidente do Transurb, Sérgio Pavani, disse que as viações não renovaram os emergenciais por causa de uma determinação de Tatto. "O secretário entende que não devemos assinar os contratos enquanto não entrarmos na concorrência", afirmou Pavani. 'Eu prefiro não discutir e continuar a cumprir minha tarefa.'
O secretário dos Transportes confirmou que só assinará os emergenciais depois que for definida a entrega dos envelopes da licitação. "Eu faço os contratos de emergência assim que eles entregarem os envelopes", disse.
Tatto disse não ver problemas no fato de as empresas de ônibus rodarem sem contrato. Ele disse que, se elas quiserem, poderão devolver as linhas, que seriam repassadas aos perueiros. "Mas, se continuarem rodando, terão que seguir as regras do sistema."
Greve
Os motoristas e cobradores entraram hoje em greve, pelo segundo dia consecutivo. A paralisação contraria decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho). A Justiça determinou ontem a circulação de 80% dos veículos nos horários de pico: das 5h às 8h e das 17h às 20h. Nos demais horários, as empresas deverão manter em operação 60% dos ônibus.
No entanto, segundo a SPTrans, empresa que gerencia o transporte público na cidade, 96% da frota está paralisada. Apenas as viações Tupi e Paratodos, que operam na zona sul, estão em circulação. São Paulo tem cerca de 10.000 ônibus e as empresas que operam têm cerca de 400 veículos.
A Paratodos já teve hoje quatro veículos depredados. Ninguém ficou ferido. Ontem, a SPTrans contabilizou 95 ônibus destruídos.
De acordo com o TRT, o descumprimento da determinação acarretará aos responsáveis uma multa diária no valor de R$ 50 mil e uma outra no valor de R$ 10 mil, caso ocorram 'manifestações que possam constranger ou ameaçar direitos de terceiros, causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa ou bloqueio de trânsito'.
Uma audiência de conciliação entre motoristas, empresários de ônibus e a SPTrans deve ocorrer nesta tarde. Não há registro de tumultos ou vias interditadas.
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