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07/02/2003
-
03h55
A redução do percentual de álcool na gasolina, seguindo critérios exclusivamente econômicos, para atender um setor específico, é vista por especialistas do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP como um retrocesso para a saúde pública.
"Não há nível aceitável para o monóxido de carbono na atmosfera, acima do qual as pessoas começam a ter problemas. Na comunidade, sempre vai haver alguém mais suscetível a complicações", diz Paulo Saldiva.
Estudos feitos pela equipe de Saldiva no Incor (Instituto do Coração) concluíram que, nos dias em que o CO excedia seus limites na atmosfera paulistana, aumentava o número de admissões por arritmia cardíaca e infarto.
Segundo o médico, o poluente também aumenta o número de mortes fetais porque a hemoglobina dos fetos "puxa" o monóxido do sangue da mãe. Em concentrações elevadas, o poluente pode asfixiar o bebê em formação.
"Quando se decide algo assim [reduzir a presença de álcool na gasolina", deveria se levar em conta também o custo que a poluição acarreta ao sistema de saúde, mas isso nunca acontece."
"E numa atmosfera já saturada de poluentes, como é a da Grande São Paulo, qualquer aumento fará uma grande diferença, ainda que seja difícil prever o quanto isso representará em danos à saúde. A medida dá um péssimo sinal", diz Alfesio Luiz Braga, também do laboratório de poluição.
Para médicos, redução de álcool na gasolina é retrocesso
da Folha de S.PauloA redução do percentual de álcool na gasolina, seguindo critérios exclusivamente econômicos, para atender um setor específico, é vista por especialistas do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP como um retrocesso para a saúde pública.
"Não há nível aceitável para o monóxido de carbono na atmosfera, acima do qual as pessoas começam a ter problemas. Na comunidade, sempre vai haver alguém mais suscetível a complicações", diz Paulo Saldiva.
Estudos feitos pela equipe de Saldiva no Incor (Instituto do Coração) concluíram que, nos dias em que o CO excedia seus limites na atmosfera paulistana, aumentava o número de admissões por arritmia cardíaca e infarto.
Segundo o médico, o poluente também aumenta o número de mortes fetais porque a hemoglobina dos fetos "puxa" o monóxido do sangue da mãe. Em concentrações elevadas, o poluente pode asfixiar o bebê em formação.
"Quando se decide algo assim [reduzir a presença de álcool na gasolina", deveria se levar em conta também o custo que a poluição acarreta ao sistema de saúde, mas isso nunca acontece."
"E numa atmosfera já saturada de poluentes, como é a da Grande São Paulo, qualquer aumento fará uma grande diferença, ainda que seja difícil prever o quanto isso representará em danos à saúde. A medida dá um péssimo sinal", diz Alfesio Luiz Braga, também do laboratório de poluição.
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