Publicidade
Publicidade
25/02/2003
-
19h59
da Folha Online
Dos US$ 80 bilhões gastos em 2001 no consumo de cocaína e heroína nos Estados Unidos e Europa Ocidental, dois principais mercados de drogas ilícitas, apenas 1% chegou aos produtores das folhas de coca e papoula. O restante desse dinheiro, o equivalente a US$ 79,2 bilhões, ficou nas mãos dos narcotraficantes.
A conclusão consta do Relatório Anual da Junta Internacional de Controle de Drogas (INCB, na abreviação em inglês), órgão ligado ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.
O conteúdo do documento foi divulgado hoje pelo UNODC (Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime) e pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) em coletiva de imprensa na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Segundo a ONU, o Brasil aparece entre os 20 países que mais apreenderam carregamentos de cocaína em 2002. "Não se sabe se isso aconteceu por maior eficiência da polícia ou por aumento no consumo", afirmou o secretário Nacional Antidrogas, Paulo Roberto Yog de Miranda Uchôa.
Embora a indústria de drogas ilícitas gere empregos em diversas áreas, tais como agricultura, setor químico, transporte e lavagem de dinheiro, o relatório menciona que este ganho ocorre apenas durante curto prazo e que, portanto, não contribui para o desenvolvimento econômico dos países.
Outra conclusão presente no relatório é a alta concentração da renda do narcotráfico nos países desenvolvidos, onde o mercado consumidor chega a 75%. Mesmo assim, a participação no PIB (Produto Interno Bruto) dos países desenvolvidos é pequena.
Em 2001, o tráfico de cocaína e heroína nos EUA geraram U$ 48 bilhões (US$ 36 bilhões com cocaína e US$ 12 com heroína), 0,4% do PIB norte-americano. Na Colômbia, a produção de folhas de coca e cocaína representaram pouco mais de 2% do PIB.
Panorama
Em 2002, o consumo de ecstasy aumentou significativamente em todos os continentes, e cerca de 300 mil comprimidos foram apreendidos. De acordo com o estudo, o maior produtor dessa substância é a Europa. O MDMA (metilenadioximetanfetamina), nome técnico do ecstasy, geralmente é processado em laboratórios caseiros e consumidos por jovens em clubes noturnos.
O consumo de substâncias estimulantes, como a cocaína e as anfetaminas, aumentou principalmente na Europa, África e América (EUA e México). A Colômbia é a maior produtora de cocaína e o Brasil, de precursores químicos (solventes) usados no refino.
O número de usuários de metanfetamina, um tipo de anfetamina chamada de "ice", por ser consumida na forma fumada, também cresceu. Seus maiores produtores são a América do Norte e Ásia. Países como Japão, Tailândia, China têm "sérios problemas" com o consumo dessa substância, de acordo com o relatório.
Leia mais
Classe média alimenta tráfico e criminalidade
Narcotraficante retém 99% da renda obtida na venda de drogas
JANAINA FIDALGOda Folha Online
Dos US$ 80 bilhões gastos em 2001 no consumo de cocaína e heroína nos Estados Unidos e Europa Ocidental, dois principais mercados de drogas ilícitas, apenas 1% chegou aos produtores das folhas de coca e papoula. O restante desse dinheiro, o equivalente a US$ 79,2 bilhões, ficou nas mãos dos narcotraficantes.
A conclusão consta do Relatório Anual da Junta Internacional de Controle de Drogas (INCB, na abreviação em inglês), órgão ligado ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.
O conteúdo do documento foi divulgado hoje pelo UNODC (Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime) e pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) em coletiva de imprensa na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Segundo a ONU, o Brasil aparece entre os 20 países que mais apreenderam carregamentos de cocaína em 2002. "Não se sabe se isso aconteceu por maior eficiência da polícia ou por aumento no consumo", afirmou o secretário Nacional Antidrogas, Paulo Roberto Yog de Miranda Uchôa.
Embora a indústria de drogas ilícitas gere empregos em diversas áreas, tais como agricultura, setor químico, transporte e lavagem de dinheiro, o relatório menciona que este ganho ocorre apenas durante curto prazo e que, portanto, não contribui para o desenvolvimento econômico dos países.
Outra conclusão presente no relatório é a alta concentração da renda do narcotráfico nos países desenvolvidos, onde o mercado consumidor chega a 75%. Mesmo assim, a participação no PIB (Produto Interno Bruto) dos países desenvolvidos é pequena.
Em 2001, o tráfico de cocaína e heroína nos EUA geraram U$ 48 bilhões (US$ 36 bilhões com cocaína e US$ 12 com heroína), 0,4% do PIB norte-americano. Na Colômbia, a produção de folhas de coca e cocaína representaram pouco mais de 2% do PIB.
Panorama
Em 2002, o consumo de ecstasy aumentou significativamente em todos os continentes, e cerca de 300 mil comprimidos foram apreendidos. De acordo com o estudo, o maior produtor dessa substância é a Europa. O MDMA (metilenadioximetanfetamina), nome técnico do ecstasy, geralmente é processado em laboratórios caseiros e consumidos por jovens em clubes noturnos.
O consumo de substâncias estimulantes, como a cocaína e as anfetaminas, aumentou principalmente na Europa, África e América (EUA e México). A Colômbia é a maior produtora de cocaína e o Brasil, de precursores químicos (solventes) usados no refino.
O número de usuários de metanfetamina, um tipo de anfetamina chamada de "ice", por ser consumida na forma fumada, também cresceu. Seus maiores produtores são a América do Norte e Ásia. Países como Japão, Tailândia, China têm "sérios problemas" com o consumo dessa substância, de acordo com o relatório.
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice