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27/02/2003
-
04h00
da Folha de S.Paulo
A USP vai investigar um suposto trote violento em alunos de medicina veterinária no campus de Pirassununga (a 213 km de SP), no último fim de semana. Esse é o primeiro caso conhecido de trote violento na USP depois da morte do calouro de medicina Edison Hsueh, em 1999.
Segundo denúncia feita ao disque-trote da universidade, os calouros de veterinária teriam sido obrigados a tomar banho com um líquido retirado do estômago de gado (ruminal), a andar só com roupas íntimas e a rolar em lama com estrume de vaca. Havia cerca de 150 estudantes.
O prefeito do campus de Pirassununga, Marcus Antônio Zanetti, disse que já há elementos suficientes que comprovam o trote violento. Ele disse que, segundo a portaria 3154/99, da reitoria da USP, os alunos que forem identificados como os responsáveis pelo trote violento serão punidos com suspensão ou expulsão do curso. "Tudo vai depender da participação de cada um."
Segundo o ouvidor-geral da USP, Rui Laurenti, "os veteranos e os calouros serão ouvidos".
O prefeito do campus afirmou que, em 60 dias, o relatório final da comissão de sindicância deve estar concluído.
O professor Enrico Lippi Ortolani, presidente da comissão de sindicância da faculdade, diz que "informalmente" há a informação de que os alunos tiveram de rolar na lama.
Um aluno do terceiro ano de zootecnia, que reside na moradia do campus de Pirassununga e participou da festa, confirmou os trotes, mas negou a violência.
Uma caloura que não foi à festa disse que colegas confirmaram que alunos veteranos jogaram líquido ruminal nelas, mas negaram que tenha havido brincadeira com tochas -uma das denúncias feitas ao disque-trote.
A estudante, que preferiu se manter no anonimato, participou da primeira semana de trote em São Paulo, sem incidentes, mas decidiu não ir a Pirassununga.
Segundo ela, nas aulas, os estudantes não reclamaram de nada, já que "ninguém quer passar por chato e ficar isolado". A estudante afirma que o centro acadêmico recomendou que os alunos não dessem entrevista sobre o caso.
A presidente do centro, Ieda Blanco, nega. "Só falamos que, se a imprensa perguntasse, eles deveriam dizer que as coisas serão resolvidas na sindicância. Mas quem quiser falar pode."
Alunos denunciam trote violento em campus USP
da Folha de S.Paulo, em Campinasda Folha de S.Paulo
A USP vai investigar um suposto trote violento em alunos de medicina veterinária no campus de Pirassununga (a 213 km de SP), no último fim de semana. Esse é o primeiro caso conhecido de trote violento na USP depois da morte do calouro de medicina Edison Hsueh, em 1999.
Segundo denúncia feita ao disque-trote da universidade, os calouros de veterinária teriam sido obrigados a tomar banho com um líquido retirado do estômago de gado (ruminal), a andar só com roupas íntimas e a rolar em lama com estrume de vaca. Havia cerca de 150 estudantes.
O prefeito do campus de Pirassununga, Marcus Antônio Zanetti, disse que já há elementos suficientes que comprovam o trote violento. Ele disse que, segundo a portaria 3154/99, da reitoria da USP, os alunos que forem identificados como os responsáveis pelo trote violento serão punidos com suspensão ou expulsão do curso. "Tudo vai depender da participação de cada um."
Segundo o ouvidor-geral da USP, Rui Laurenti, "os veteranos e os calouros serão ouvidos".
O prefeito do campus afirmou que, em 60 dias, o relatório final da comissão de sindicância deve estar concluído.
O professor Enrico Lippi Ortolani, presidente da comissão de sindicância da faculdade, diz que "informalmente" há a informação de que os alunos tiveram de rolar na lama.
Um aluno do terceiro ano de zootecnia, que reside na moradia do campus de Pirassununga e participou da festa, confirmou os trotes, mas negou a violência.
Uma caloura que não foi à festa disse que colegas confirmaram que alunos veteranos jogaram líquido ruminal nelas, mas negaram que tenha havido brincadeira com tochas -uma das denúncias feitas ao disque-trote.
A estudante, que preferiu se manter no anonimato, participou da primeira semana de trote em São Paulo, sem incidentes, mas decidiu não ir a Pirassununga.
Segundo ela, nas aulas, os estudantes não reclamaram de nada, já que "ninguém quer passar por chato e ficar isolado". A estudante afirma que o centro acadêmico recomendou que os alunos não dessem entrevista sobre o caso.
A presidente do centro, Ieda Blanco, nega. "Só falamos que, se a imprensa perguntasse, eles deveriam dizer que as coisas serão resolvidas na sindicância. Mas quem quiser falar pode."
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