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04/03/2003
-
01h24
A Beija-Flor, terceira escola a desfilar pela Marquês de Sapucaí, neste segundo dia do Grupo Especial do Rio, acaba de encerrar a sua apresentação. O desfile da escola de Nilópolis animou o público e foi considerado impecável.
Para evitar uma polêmica com a Arquidiocese do Rio e uma possível desclassificação _desrespeito a símbolos religiosos_, a Beija-Flor mudou a representação do duelo entre Jesus Cristo e o diabo.
Originalmente o ator que representaria Jesus estaria armado com um revólver. Mas a escola de Nilópolis preferiu desarmar Cristo para evitar confusão. Em vez de uma troca de tiros, Cristo não revida e oferece palmas, pedindo paz.
Com o enredo 'O povo conta sua história: saco vazio não pára em pé - a mão que faz a guerra, faz a paz', a Beija-Flor foi uma das escolas que levou mais mulheres peladas para a Sapucaí.
Além do duelo entre Jesus e o diabo, a Beija-Flor tocou em outros temas religiosos. Trouxe Adão e Eva negros para a avenida e fez Cristo ressuscitar uma jovem morta por bala perdida.
A escola trouxe uma novidade para a avenida. Em vez de mulheres siliconadas ou símbolos sexuais, a Beija-Flor teve como madrinha de bateria a pequena Raíssa, de 12 anos.
Raíssa já desfilou na escola mirim da agremiação de Nilópolis e não teme a responsabilidade de vir à frente dos ritmistas.
Entre os destaques da Beija-Flor estavam o ator Edson Celulari, na bateria, e os big brothers Viviane e Jean, como destaques.
A Beija-Flor _que levou 4.000 componentes para a avenida_ homenageou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No carro que falava sobre a luta contra a fome, a Beija-Flor colocou um imenso boneco do presidente, mostrando uma das mãos com quatro dedos.
O boneco de Lula perdeu dois dedos da mão direita durante o desfile. Como o acidente ocorreu depois da cabine dos jurados de alegorias e adereços, a escola não deve ser prejudicada.
Em busca do sétimo campeonato, a Beija-Flor teve problemas com o carro abre-alas. Mas a equipe de apoio conseguiu consertar o carro alegórico. Nos quatro últimos anos, a escola foi vice-campeã.
Logo depois da Beija Flor é a vez da Unidos da Tijuca a entrar na avenida, contando a história da presença do Brasil na África.
Com o enredo 'Agudás, os que levaram a África no coração e trouxeram para o coração da África, o Brasil!', o carnavalesco Milton Cunha pretende mostrar a história da comunidade formada no Golfo do Benin por ex-escravos que retornaram nos séculos 18 e 19 para a África levando parte da cultura adquirida no Brasil.
Uma das características da cultura dos agudás é o próprio Carnaval, muito semelhante aos desfiles brasileiros, com a diferença de que as portas-bandeiras desfilam sem a companhia do mestre-sala. A Unidos da Tijuca vai mostrar essa tradição, deixando sua segunda porta-bandeira sozinha na avenida.
Na origem dos agudás, há ainda a história do polêmico Francisco Félix de Souza, um traficante de escravos baiano que foi para a África e deu origem à dinastia Chachá, no início do século 19.
Em busca do segundo campeonato, a Unidos de Tijuca retornou ao Grupo Especial em 2000. A escola _que por oito anos seguidos esteve no Grupo Especial_ a escola foi rebaixada em 1998. Mas em 1999 ficou em primeiro lugar no Grupo A e retornou ao Grupo Especial.
Depois da Unidos da Tijuca passam pela Marquês de Sapucaí a Porto da Pedra, a Mocidade Independente e, por último, a Imperatriz Leopoldinense.
Entre a noite deste domingo e madrugada de hoje passaram pelo sambódromo Santa Cruz, Salgueiro, Grande Rio, Unidos do Viradouro, Império Serrano, Caprichosos de Pilares e Portela.
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Beija-Flor encerra desfile polêmico; Unidos da Tijuca entra na Sapucaí
da Folha OnlineA Beija-Flor, terceira escola a desfilar pela Marquês de Sapucaí, neste segundo dia do Grupo Especial do Rio, acaba de encerrar a sua apresentação. O desfile da escola de Nilópolis animou o público e foi considerado impecável.
Para evitar uma polêmica com a Arquidiocese do Rio e uma possível desclassificação _desrespeito a símbolos religiosos_, a Beija-Flor mudou a representação do duelo entre Jesus Cristo e o diabo.
Originalmente o ator que representaria Jesus estaria armado com um revólver. Mas a escola de Nilópolis preferiu desarmar Cristo para evitar confusão. Em vez de uma troca de tiros, Cristo não revida e oferece palmas, pedindo paz.
Com o enredo 'O povo conta sua história: saco vazio não pára em pé - a mão que faz a guerra, faz a paz', a Beija-Flor foi uma das escolas que levou mais mulheres peladas para a Sapucaí.
Além do duelo entre Jesus e o diabo, a Beija-Flor tocou em outros temas religiosos. Trouxe Adão e Eva negros para a avenida e fez Cristo ressuscitar uma jovem morta por bala perdida.
A escola trouxe uma novidade para a avenida. Em vez de mulheres siliconadas ou símbolos sexuais, a Beija-Flor teve como madrinha de bateria a pequena Raíssa, de 12 anos.
Raíssa já desfilou na escola mirim da agremiação de Nilópolis e não teme a responsabilidade de vir à frente dos ritmistas.
Entre os destaques da Beija-Flor estavam o ator Edson Celulari, na bateria, e os big brothers Viviane e Jean, como destaques.
A Beija-Flor _que levou 4.000 componentes para a avenida_ homenageou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No carro que falava sobre a luta contra a fome, a Beija-Flor colocou um imenso boneco do presidente, mostrando uma das mãos com quatro dedos.
O boneco de Lula perdeu dois dedos da mão direita durante o desfile. Como o acidente ocorreu depois da cabine dos jurados de alegorias e adereços, a escola não deve ser prejudicada.
Em busca do sétimo campeonato, a Beija-Flor teve problemas com o carro abre-alas. Mas a equipe de apoio conseguiu consertar o carro alegórico. Nos quatro últimos anos, a escola foi vice-campeã.
Logo depois da Beija Flor é a vez da Unidos da Tijuca a entrar na avenida, contando a história da presença do Brasil na África.
Com o enredo 'Agudás, os que levaram a África no coração e trouxeram para o coração da África, o Brasil!', o carnavalesco Milton Cunha pretende mostrar a história da comunidade formada no Golfo do Benin por ex-escravos que retornaram nos séculos 18 e 19 para a África levando parte da cultura adquirida no Brasil.
Uma das características da cultura dos agudás é o próprio Carnaval, muito semelhante aos desfiles brasileiros, com a diferença de que as portas-bandeiras desfilam sem a companhia do mestre-sala. A Unidos da Tijuca vai mostrar essa tradição, deixando sua segunda porta-bandeira sozinha na avenida.
Na origem dos agudás, há ainda a história do polêmico Francisco Félix de Souza, um traficante de escravos baiano que foi para a África e deu origem à dinastia Chachá, no início do século 19.
Em busca do segundo campeonato, a Unidos de Tijuca retornou ao Grupo Especial em 2000. A escola _que por oito anos seguidos esteve no Grupo Especial_ a escola foi rebaixada em 1998. Mas em 1999 ficou em primeiro lugar no Grupo A e retornou ao Grupo Especial.
Depois da Unidos da Tijuca passam pela Marquês de Sapucaí a Porto da Pedra, a Mocidade Independente e, por último, a Imperatriz Leopoldinense.
Entre a noite deste domingo e madrugada de hoje passaram pelo sambódromo Santa Cruz, Salgueiro, Grande Rio, Unidos do Viradouro, Império Serrano, Caprichosos de Pilares e Portela.
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