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05/03/2003 - 18h54

Balanço parcial aponta redução de acidentes de trânsito em Recife

ISRAEL DO VALE
enviado especial da Folha de S.Paulo a Recife

O prefeito de Recife (PE), João Paulo, considerou positivo o saldo do Carnaval que, supõe, tenha sido o mais tranquilo de sua gestão _embora os números de atendimentos policiais e médicos, de responsabilidade da esfera estadual do governo, ainda não estejam consolidados.

O balanço parcial de acidentes contabilizou, entre a noite da última sexta-feira e a madrugada desta quarta, um total de 96 ocorrências _79 sem vítimas e 17 com vítimas. Não houve registro de morte. É, proporcionalmente, uma média menor que a registrada nos meses de janeiro e fevereiro na cidade.

Diariamente, ocorreram 27,52 acidentes em janeiro e 32,29 em fevereiro; durante o Carnaval o índice caiu para 19,20, segundo dados da CTTU (Companhia de Trânsito e Transporte Urbano, municipalizada em janeiro), que leva em conta os acidentes registrados em boletins de trânsito.

A queda se deve ao aumento da fiscalização, que inibiu o estacionamento irregular e ofereceu opções à circulação de carros nas regiões centrais. Foram criados espaços de estacionamento com conexão por ônibus _caso dá área do shopping Tacaruna, que comporta cinco mil veículos; de lá, os foliões saíam pelo Expresso da Folia, com passagem a R$ 0,80 e saídas a cada dez minutos.

Alguns problemas de anos anteriores _como a cobrança irregular que parte dos comerciantes faziam de uma taxa para uso de cadeiras e mesas nas calçadas_ este ano foram contornados.

A unificação visual do material gráfico e da decoração da cidade foi celebrada pelo prefeito como um grande ganho deste ano, que deve contribuir para a melhoria da imagem do Carnaval recifense no resto do país e no exterior. Uma das batalhas, para isso, foi o combate à propaganda "pirata", que tomava principalmente o trajeto do Galo da Madrugada.

O desfile de trios de frevo reuniu este ano cerca de 1,5 milhão de pessoas no sábado de Carnaval.

O modelo de administração do Carnaval também mudou. Até o ano passado, uma empresa contratada cedia a infra-estrutura de palco e som tendo como contrapartida o direito de exploração de patrocínio. "As cotas eram, antes, muito baixas", diz Peixe.

Além do "caos visual", como diz o secretário, para acomodar tantas logomarcas, isso não revertia em verba significativa para a prefeitura e ainda fragilizava a imagem do Carnaval junto a potenciais patrocinadores de grande porte.

A mudança surtiu efeito. Dos R$ 7,5 milhões de custo deste ano, cerca de 30% já foram bancados pela venda de cotas _R$ 1,2 milhões via leis de incentivo. O restante dos gastos sai do orçamento da Secretaria Municipal de Cultura, que em 2003 gira em torno de R$ 20 milhões.


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