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18/03/2003
-
08h59
da Folha de S.Paulo, em Campinas
A Polícia Civil de Várzea Paulista (63 km a noroeste de SP) está à procura de Marcílio Gonçalves Dias, 25, o Silas, fugitivo da Justiça e que seria responsável por seis dos 11 homicídios registrados na cidade neste ano.
Outras cinco pessoas já teriam sido ameaçadas de morte pelo fugitivo. Algumas delas já até deixaram a cidade, segundo a delegada que investiga os casos, Maria Beatriz Curio de Carvalho.
A polícia atribui os crimes e as ameaças a Silas. Quando deixou a prisão de Mongaguá, ele teria prometido se vingar de antigos desafetos que moram na região da Vila Real, na periferia de Várzea Paulista, segundo a delegada.
Quase três meses após seu primeiro crime, a polícia ainda tenta prender o acusado. Silas usaria as vielas da favela e também um matagal no entorno do local para se esconder, segundo a delegada.
Todos os crimes aconteceram à noite. O fugitivo já usou, ao menos, dois tipos de armas supostamente roubadas. Na última sexta-feira, ele teria invadido a casa de um vigilante noturno, que mora na Vila Real, e roubado um revólver calibre 32, segundo a polícia.
Entre as vítimas, estão pessoas que testemunharam contra ele e também pessoas ligadas à sua família, conforme disse a delegada.
Silas deveria ter retornado ao presídio no último dia 9 de janeiro. Ele cumpre pena por um homicídio que cometeu há quatro anos, em Várzea Paulista.
"O indulto é comum. É consequência de um bom comportamento", afirmou a delegada.
O primeiro nome da lista de Silas era Maurício Alecrim, 24, que testemunhou contra ele no processo de homicídio. Alecrim recebeu quatro tiros, mas sobreviveu à emboscada armada no último dia 31 de dezembro, um dia após o fugitivo ter deixado a prisão.
Um mês depois, Aparecido Gomes de Araújo, 33, o Cido Preto, foi morto com quatro tiros. A vítima estava com Alecrim no dia em que o fugitivo tentou matá-lo.
Três dias depois, Silas disparou duas vezes contra seu irmão adotivo Éder Alberto Belizário, 14, o Chupeta. A delegada disse que 25 pessoas testemunharam o crime.
Ainda segundo a polícia, o terceiro homicídio ocorreu no último dia 23. Jailson José Mendonça, 32, foi morto com oito tiros.
Outro crime atribuído a Silas ocorreu no último dia 5. Edson Carlos Nascimento, 21, também foi baleado no bairro.
Na madrugada do último sábado, Silas teria disparado contra dois homens que passavam em uma moto por uma rua da favela.
Polícia procura acusado de assassinatos em Várzea Paulista (SP)
DIOGO PINHEIROda Folha de S.Paulo, em Campinas
A Polícia Civil de Várzea Paulista (63 km a noroeste de SP) está à procura de Marcílio Gonçalves Dias, 25, o Silas, fugitivo da Justiça e que seria responsável por seis dos 11 homicídios registrados na cidade neste ano.
Outras cinco pessoas já teriam sido ameaçadas de morte pelo fugitivo. Algumas delas já até deixaram a cidade, segundo a delegada que investiga os casos, Maria Beatriz Curio de Carvalho.
A polícia atribui os crimes e as ameaças a Silas. Quando deixou a prisão de Mongaguá, ele teria prometido se vingar de antigos desafetos que moram na região da Vila Real, na periferia de Várzea Paulista, segundo a delegada.
Quase três meses após seu primeiro crime, a polícia ainda tenta prender o acusado. Silas usaria as vielas da favela e também um matagal no entorno do local para se esconder, segundo a delegada.
Todos os crimes aconteceram à noite. O fugitivo já usou, ao menos, dois tipos de armas supostamente roubadas. Na última sexta-feira, ele teria invadido a casa de um vigilante noturno, que mora na Vila Real, e roubado um revólver calibre 32, segundo a polícia.
Entre as vítimas, estão pessoas que testemunharam contra ele e também pessoas ligadas à sua família, conforme disse a delegada.
Silas deveria ter retornado ao presídio no último dia 9 de janeiro. Ele cumpre pena por um homicídio que cometeu há quatro anos, em Várzea Paulista.
"O indulto é comum. É consequência de um bom comportamento", afirmou a delegada.
O primeiro nome da lista de Silas era Maurício Alecrim, 24, que testemunhou contra ele no processo de homicídio. Alecrim recebeu quatro tiros, mas sobreviveu à emboscada armada no último dia 31 de dezembro, um dia após o fugitivo ter deixado a prisão.
Um mês depois, Aparecido Gomes de Araújo, 33, o Cido Preto, foi morto com quatro tiros. A vítima estava com Alecrim no dia em que o fugitivo tentou matá-lo.
Três dias depois, Silas disparou duas vezes contra seu irmão adotivo Éder Alberto Belizário, 14, o Chupeta. A delegada disse que 25 pessoas testemunharam o crime.
Ainda segundo a polícia, o terceiro homicídio ocorreu no último dia 23. Jailson José Mendonça, 32, foi morto com oito tiros.
Outro crime atribuído a Silas ocorreu no último dia 5. Edson Carlos Nascimento, 21, também foi baleado no bairro.
Na madrugada do último sábado, Silas teria disparado contra dois homens que passavam em uma moto por uma rua da favela.
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