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24/03/2003 - 19h45

Juiz assassinado no ES havia recebido ameaças no ano passado

ALESSANDRA KORMANN
da Agência Folha

O juiz Alexandre Martins de Castro Filho, assassinado na manhã desta segunda-feira em Vitória (ES), havia recebido ameaças de morte em meados do ano passado. Outros dois juízes de Vitória, Carlos Eduardo Ribeiro Lemos e Rubens José da Cruz também foram ameaçados.

Seus nomes contam do relatório "Crise de Direitos Humanos no Espírito Santo", no capítulo "Ameaças contra membros do Poder Judiciário". O documento, elaborado pela ONG Centro de Justiça Global, foi divulgado em julho do ano passado e enviado às comissões de direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) e da OEA (Organização dos Estados Americanos).

Segundo o relatório, os juízes e seus familiares passaram a sofrer ameaças de morte após determinar a prisão de detentos do regime fechado que haviam saído irregularmente para trabalhar em uma empresa do então diretor do IRS (Instituto de Readaptação Social), o capitão da Polícia Militar Romildo Silva.

Após o ocorrido, os juízes passaram a receber avisos para que tomassem "cuidado com o capitão Romildo", diz o relatório.

Silva, capitão da reserva da Polícia Militar, foi destituído do cargo de diretor do IRS um julho do ano passado. A reportagem não conseguiu localizá-lo.

A diretora do Centro de Justiça Global Andressa Caldas afirmou que a ONG vai sugerir à relatora sobre execuções sumárias da ONU, Asma Jahangir, que visite o Espírito Santo em sua passagem pelo Brasil, programada para o segundo semestre.

"Houve vários avanços desde a chegada da missão especial [enviada para o Espírito Santo para investigar a infiltração do crime organizado no Estado], mas o episódio do assassinato do juiz mostra que as investigações não têm sido suficientes", disse a diretora.


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