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15/04/2010 - 04h15

Polícia Militar apreende carga de palmito irregular na zona leste de SP

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da Reportagem Local

Um homem foi preso com vários potes de palmito adulterado na tarde de ontem, na Penha, zona leste de São Paulo. Segundo informações da Polícia Militar, os polícias foram informados por meio de denúncia anônima que havia um ponto de comércio ilegal na rua Moliterno, 103.

Além dos potes de palmito, a polícia apreendeu 720 potes de palmitos de 1,8kg; 431 potes de palmitos de 300g; 303 potes de palmitos de 500g; 47 potes de vidro vazios, uma caixa de fita seladora, um datador, um carimbo, dois rolos de códigos de barras, seis rolos de rótulos e quatro caixas de tampas.

O homem foi encaminhado para a 1º Divisão de Investigação sobre Infrações contra o Meio Ambiente, onde foi autuado por corromper, falsificar e adulterar produtos alimentícios para consumo.

Queijos

A Polícia Civil apreendeu na tarde desta quarta-feira 15 toneladas de queijo adulterado na filial de uma indústria de alimentos na Vila Maria, na zona norte de São Paulo. Os produtos estão avaliados em cerca de R$ 500 mil. Uma pessoa foi presa em flagrante por crime contra as relações de consumo.

Julianna Granjeia/Folha Online
Peças de queijo de marca inferior (à esquerda) eram lavadas e recebiam novos rótulos falsificados da empresa San Remo
Peças de queijo de marca inferior (à esquerda) eram lavadas e recebiam novos rótulos falsificados da empresa San Remo

Segundo o delegado Anderson Pires Giampaoli, da 2ª Delegacia de Saúde Pública do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania), o selo do SIF (Serviço de Inspeção Federal) do rótulo dos queijos apreendidos são falsos.

"A Clap, cujo nome fantasia é Maricota, é uma indústria de pão de queijo de Minas Gerais. Na sua filial em São Paulo, queijos de qualidade inferior, vencidos ou não, eram lavados e embalados novamente com rótulos da San Remo, que é uma indústria produtora de queijo. Esses queijos adulterados eram vendidos, com nota da Clap, para grandes redes de supermercados", explicou Giampaoli.

O esquema de adulteração foi descoberto após uma investigação da Delegacia de Saúde Pública em conjunto com a Delegacia de Crimes contra a Fazenda Pública. Há suspeita de sonegação fiscal e notas foram apreendidas para análise. "Por enquanto sabemos de uma grande rede de supermercados que comprava esses queijos, o Carrefour. Mas deve haver outras redes. Essas peças eram distribuídos para todo o Brasil", disse Giampaoli.

Em nota, o Carrefour afirmou não ter sido informado oficialmente sobre as irregularidades na Clap, mas que pediu esclarecimentos à empresa. "Caso sejam comprovados os problemas nos produtos da Clap, o Carrefour rescindirá o contrato imediatamente por quebra de confiança e qualidade acordada entre as partes."

O gerente comercial da Clap, única pessoa que estava na empresa no momento da apreensão, foi preso em flagrante. "No início achamos que a San Remo fosse vítima da adulteração da Clap, mas descobrimos um funcionário da San Remo trabalhando dentro da Clap. Em depoimento, ele contou que a mando de seu chefe retirava as embalagens, lavava as peças de queijo, e embalava novamente com o rótulo da San Remo. Se o queijo estava vencido, as datas de fabricação e vencimento eram trocadas", afirmou o delegado.

A polícia investiga a existência de um sócio comum às duas empresas. Além do queijo, foram apreendidos goiabada, champinhon e picles em conserva e peças de lombo defumado. "O produto distribuído é impróprio para o consumo, conforme atestou laudo da vigilância sanitária. O consumidor era induzido ao erro por consumir um produto de qualidade inferior pensando ser de qualidade superior", disse Giampaoli.

Outro lado

O advogado do gerente, presente na delegacia, não quis comentar a prisão. Os representantes das empresas Clap e San Remo não foram localizados pela reportagem.

 

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