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12/08/2000
-
03h05
da Folha de S.Paulo
O relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Narcotráfico pedirá a realização de novas investigações policiais sobre as atividades desenvolvidas pelo ex-governador do Acre Orleir Cameli (sem partido).
Os responsáveis pelo sub-relatório do Acre na CPI, deputados Laura Carneiro (PFL-RJ) e Wanderley Martins (PDT-RJ), ainda estudam se pedirão o indiciamento do ex-governador.
Desde 1998, a Polícia Federal apura as relações entre Cameli e o ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, que foi cassado no ano passado e condenado a dez anos de prisão por envolvimento com narcotráfico.
Pascoal também será julgado por ser acusado de liderar um esquadrão da morte.
Durante os trabalhos da CPI, depoimento do traficante amazonense Antônio da Mota Graça, o Curica, aumentaram as suspeitas dos deputados sobre os vínculos do ex-governador com o Cartel de Cali (Colômbia). Curica contou que prestou serviços a uma das empresas da família Cameli e que abrigou em sua casa um amigo do ex-governador envolvido com contrabando.
Cameli teve seus sigilos bancários, fiscal e telefônico quebrados pela comissão. O Ministério Público Federal e a PF descobriram várias remessas de dinheiro entre o James Cameli, filho de Orleir, e Curica.
Outros dois irmãos do ex-governador também apareceram nas transações financeiras.
Ação movida pelo Ministério Público Federal acusa o político acreano de incentivar os índios kampa a plantar 55 mil pés de sementes de epadu (coca). O ex-governador nega a acusação.
Uma das denúncias feitas à CPI acusava-o de trazer dos países vizinhos carregamentos de cocaína em balsas de sua propriedade, que circulavam pela Amazônia.
Outro lado
Para o advogado de Cameli, o possibilidade de indiciamento por tráfico de drogas do ex-governador pela CPI do Narcotráfico é "puro aproveitamento político".
Alberto Simonetti Cabral Neto disse ontem em Manaus, onde seu cliente mora atualmente, que Cameli se colocou à disposição das autoridades desde o início das investigações da comissão.
"Fizemos uma petição, por meio da Polícia Federal acreana, onde ele (Cameli) se prontificou a prestar qualquer esclarecimento. Não há nem sequer indícios de que ele tenha participado de qualquer crime, especialmente de algum esquema do narcotráfico", afirmou o advogado.
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Narcotráfico: CPI pedirá nova investigação sobre Cameli
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O relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Narcotráfico pedirá a realização de novas investigações policiais sobre as atividades desenvolvidas pelo ex-governador do Acre Orleir Cameli (sem partido).
Os responsáveis pelo sub-relatório do Acre na CPI, deputados Laura Carneiro (PFL-RJ) e Wanderley Martins (PDT-RJ), ainda estudam se pedirão o indiciamento do ex-governador.
Desde 1998, a Polícia Federal apura as relações entre Cameli e o ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, que foi cassado no ano passado e condenado a dez anos de prisão por envolvimento com narcotráfico.
Pascoal também será julgado por ser acusado de liderar um esquadrão da morte.
Durante os trabalhos da CPI, depoimento do traficante amazonense Antônio da Mota Graça, o Curica, aumentaram as suspeitas dos deputados sobre os vínculos do ex-governador com o Cartel de Cali (Colômbia). Curica contou que prestou serviços a uma das empresas da família Cameli e que abrigou em sua casa um amigo do ex-governador envolvido com contrabando.
Cameli teve seus sigilos bancários, fiscal e telefônico quebrados pela comissão. O Ministério Público Federal e a PF descobriram várias remessas de dinheiro entre o James Cameli, filho de Orleir, e Curica.
Outros dois irmãos do ex-governador também apareceram nas transações financeiras.
Ação movida pelo Ministério Público Federal acusa o político acreano de incentivar os índios kampa a plantar 55 mil pés de sementes de epadu (coca). O ex-governador nega a acusação.
Uma das denúncias feitas à CPI acusava-o de trazer dos países vizinhos carregamentos de cocaína em balsas de sua propriedade, que circulavam pela Amazônia.
Outro lado
Para o advogado de Cameli, o possibilidade de indiciamento por tráfico de drogas do ex-governador pela CPI do Narcotráfico é "puro aproveitamento político".
Alberto Simonetti Cabral Neto disse ontem em Manaus, onde seu cliente mora atualmente, que Cameli se colocou à disposição das autoridades desde o início das investigações da comissão.
"Fizemos uma petição, por meio da Polícia Federal acreana, onde ele (Cameli) se prontificou a prestar qualquer esclarecimento. Não há nem sequer indícios de que ele tenha participado de qualquer crime, especialmente de algum esquema do narcotráfico", afirmou o advogado.
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