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24/04/2003
-
20h56
da Folha de S.Paulo, no Rio
O comandante do barco Tona Galea, Norberto Guimarães da Silveira, 72, disse em depoimento à polícia que o acidente que deixou 15 mortos, no último sábado, em Cabo Frio (região dos Lagos), "foi uma triste coincidência de fatores negativos".
Silveira se apresentou ontem à noite na 126ª DP (Cabo Frio) e disse não ter culpa pelo acidente.
De acordo com o delegado José Omena, o comandante disse que o acidente aconteceu porque uma onda e uma rajada de vento mais forte atingiram o barco ao mesmo tempo. Os passageiros foram jogados violentamente para um único lado do Tona Galea e, por causa do peso, a embarcação acabou virando.
Silveira disse que chegou a salvar alguns passageiros que estavam se afogando, antes de ser resgatado por um barco. Em Cabo Frio, o comandante foi levado pela família a um médico, que o aconselhou a se tratar num hospital do Rio de Janeiro porque sua pressão estava alta e ele corria o risco de sofrer um enfarte.
Ele só voltou a Cabo Frio na terça-feira, quando teve alta. Até então, não sabia que o acidente havia provocado a morte de passageiros.
"O comandante Silveira estava bastante triste. Chegou a chorar no depoimento", afirmou o delegado Omena. "Ele disse que tem 57 anos de mar e que nunca viu nada parecido."
O delegado disse que não pode tomar qualquer atitude, como indiciar o comandante, enquanto a Capitania dos Portos não concluir um laudo técnico sobre as condições da embarcação, o que pode levar até três meses.
Hoje, o corpo da última vítima do adernamento da embarcação Tona Galea foi encontrado, pela manhã, por salva-vidas do Corpo de Bombeiros.
O corpo do turista mineiro Edson Celestino Silva, 29, foi resgatado a cerca de 500 metros do local onde o Tona Galea virou, perto da ilha do Papagaio. O reconhecimento do corpo foi feito por parentes, no IML (Instituto Médico Legal) de Cabo Frio.
Marinha
A Marinha divulgou ontem uma nota em que também afirma não ter qualquer responsabilidade pelo adernamento do Tona Galea. Segundo a Marinha, a embarcação foi vistoriada em dezembro, após as modificações no casco, e os documentos apresentados permitiam que ela navegasse até a ilha do Papagaio.
"Embora as inspeções e vistorias sejam constantes e efetivas, infelizmente acidentes ocorrem", informa a nota.
A Marinha instaurou um inquérito administrativo para identificar as causas do acidente e seus responsáveis.
Comandante da Tona Galea diz que onda e vento causaram acidente
RICARDO WESTINda Folha de S.Paulo, no Rio
O comandante do barco Tona Galea, Norberto Guimarães da Silveira, 72, disse em depoimento à polícia que o acidente que deixou 15 mortos, no último sábado, em Cabo Frio (região dos Lagos), "foi uma triste coincidência de fatores negativos".
Silveira se apresentou ontem à noite na 126ª DP (Cabo Frio) e disse não ter culpa pelo acidente.
De acordo com o delegado José Omena, o comandante disse que o acidente aconteceu porque uma onda e uma rajada de vento mais forte atingiram o barco ao mesmo tempo. Os passageiros foram jogados violentamente para um único lado do Tona Galea e, por causa do peso, a embarcação acabou virando.
Silveira disse que chegou a salvar alguns passageiros que estavam se afogando, antes de ser resgatado por um barco. Em Cabo Frio, o comandante foi levado pela família a um médico, que o aconselhou a se tratar num hospital do Rio de Janeiro porque sua pressão estava alta e ele corria o risco de sofrer um enfarte.
Ele só voltou a Cabo Frio na terça-feira, quando teve alta. Até então, não sabia que o acidente havia provocado a morte de passageiros.
"O comandante Silveira estava bastante triste. Chegou a chorar no depoimento", afirmou o delegado Omena. "Ele disse que tem 57 anos de mar e que nunca viu nada parecido."
O delegado disse que não pode tomar qualquer atitude, como indiciar o comandante, enquanto a Capitania dos Portos não concluir um laudo técnico sobre as condições da embarcação, o que pode levar até três meses.
Hoje, o corpo da última vítima do adernamento da embarcação Tona Galea foi encontrado, pela manhã, por salva-vidas do Corpo de Bombeiros.
O corpo do turista mineiro Edson Celestino Silva, 29, foi resgatado a cerca de 500 metros do local onde o Tona Galea virou, perto da ilha do Papagaio. O reconhecimento do corpo foi feito por parentes, no IML (Instituto Médico Legal) de Cabo Frio.
Marinha
A Marinha divulgou ontem uma nota em que também afirma não ter qualquer responsabilidade pelo adernamento do Tona Galea. Segundo a Marinha, a embarcação foi vistoriada em dezembro, após as modificações no casco, e os documentos apresentados permitiam que ela navegasse até a ilha do Papagaio.
"Embora as inspeções e vistorias sejam constantes e efetivas, infelizmente acidentes ocorrem", informa a nota.
A Marinha instaurou um inquérito administrativo para identificar as causas do acidente e seus responsáveis.
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