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10/05/2003
-
10h59
Uma fita gravada pelo circuito interno de segurança da Universidade Estácio de Sá e um laudo técnico podem mudar o rumo das investigações sobre o tiro que feriu a estudante Luciana Gonçalves de Novaes, 19, na última segunda-feira (5), no campus do Rio Comprido (zona norte).
Ao contrário das informações iniciais da polícia, de que o tiro havia sido disparado por criminosos do morro do Turano, vizinho da universidade, o tiro pode ter sido disparado dentro do próprio campus.
O secretário da Segurança Pública, Anthony Garotinho, disse hoje que "há 95% de possibilidade de o tiro ter sido disparado de dentro do próprio campus".
"São informações do delegado que cuida do caso e isso muda o caminho das investigações", afirmou durante participação no programa "Bom Dia Governadora", na Rádio Tupi.
As imagens do circuito interno revelariam um homem carregando um fuzil e outra arma --possivelmente uma pistola-- no campus da universidade.
Tiros
Um laudo demonstra que a bala que atingiu a universitária partiu de uma pistola 40 mm e não atinge de 600 metros --distância entre o local em que a estudante foi baleada e o morro. O tipo de bala também seria usado por policiais do Estado.
Apesar de as investigações seguirem "outra direção" a partir dos novos indícios, a polícia ainda não tem confirmação sobre o atirador. Entre as hipóteses estão a invasão do campus por um criminoso e troca de tiros entre traficantes e policiais.
Represália e cirurgia
Após a estudante ser baleada, a polícia trabalhou com a hipótese de os tiros terem sido disparados do morro do Turano em direção ao campus da universidade como represália ao desaparecimento de dois homens e à morte de um suposto traficante durante operação policial. A universidade teria desrespeitado um toque de recolher imposto pelos criminosos da região.
A bala atingiu o rosto da universitária, na região da mandíbula, destruiu parte da terceira vértebra e se alojou na coluna medular. Ela foi submetida a uma cirurgia, na última quinta-feira, para a retirada da bala que estava alojada e para a estabilização da coluna por meio de próteses.
Os médicos ainda avaliam a extensão da lesão causada pelo tiro e possíveis sequelas. Apesar de a cirurgia na coluna ser considerada bem-sucedida, a estudante corre o risco de ficar tetraplégica (paralisia dos membros inferiores e superiores).
A estudante deverá ser submetida a nova cirurgia na próxima semana. A operação tem como objetivo a "reconstituição" da mandíbula, segundo o Hospital Pró-Cardíaco, onde está internada.
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Garotinho diz que há 95% de chance de tiro ter ocorrido em campus
da Folha OnlineUma fita gravada pelo circuito interno de segurança da Universidade Estácio de Sá e um laudo técnico podem mudar o rumo das investigações sobre o tiro que feriu a estudante Luciana Gonçalves de Novaes, 19, na última segunda-feira (5), no campus do Rio Comprido (zona norte).
Ao contrário das informações iniciais da polícia, de que o tiro havia sido disparado por criminosos do morro do Turano, vizinho da universidade, o tiro pode ter sido disparado dentro do próprio campus.
O secretário da Segurança Pública, Anthony Garotinho, disse hoje que "há 95% de possibilidade de o tiro ter sido disparado de dentro do próprio campus".
"São informações do delegado que cuida do caso e isso muda o caminho das investigações", afirmou durante participação no programa "Bom Dia Governadora", na Rádio Tupi.
As imagens do circuito interno revelariam um homem carregando um fuzil e outra arma --possivelmente uma pistola-- no campus da universidade.
Tiros
Um laudo demonstra que a bala que atingiu a universitária partiu de uma pistola 40 mm e não atinge de 600 metros --distância entre o local em que a estudante foi baleada e o morro. O tipo de bala também seria usado por policiais do Estado.
Apesar de as investigações seguirem "outra direção" a partir dos novos indícios, a polícia ainda não tem confirmação sobre o atirador. Entre as hipóteses estão a invasão do campus por um criminoso e troca de tiros entre traficantes e policiais.
Represália e cirurgia
Após a estudante ser baleada, a polícia trabalhou com a hipótese de os tiros terem sido disparados do morro do Turano em direção ao campus da universidade como represália ao desaparecimento de dois homens e à morte de um suposto traficante durante operação policial. A universidade teria desrespeitado um toque de recolher imposto pelos criminosos da região.
A bala atingiu o rosto da universitária, na região da mandíbula, destruiu parte da terceira vértebra e se alojou na coluna medular. Ela foi submetida a uma cirurgia, na última quinta-feira, para a retirada da bala que estava alojada e para a estabilização da coluna por meio de próteses.
Os médicos ainda avaliam a extensão da lesão causada pelo tiro e possíveis sequelas. Apesar de a cirurgia na coluna ser considerada bem-sucedida, a estudante corre o risco de ficar tetraplégica (paralisia dos membros inferiores e superiores).
A estudante deverá ser submetida a nova cirurgia na próxima semana. A operação tem como objetivo a "reconstituição" da mandíbula, segundo o Hospital Pró-Cardíaco, onde está internada.
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