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16/05/2003
-
03h42
O sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo já realizou 178 greves parciais ou gerais durante a administração Marta Suplicy (PT) --uma a cada cinco dias, em média--, conforme levantamento entregue ao Ministério Público por Jilmar Tatto, secretário dos Transportes.
O relatório, feito pela SPTrans (empresa municipal que cuida do setor) a pedido de Tatto, também aponta que 58,7 milhões de viagens deixaram de ser realizadas desde janeiro de 2001 (equivalentes ao total de passageiros de 17 dias úteis) e estima em R$ 100 milhões os prejuízos ao sistema causados pelas ações dos sindicalistas --suficiente para a compra 700 ônibus, 7% da frota paulistana.
"Os dados mostram a indústria da greve em São Paulo", afirmou Tatto. Ele disse ter pedido esse levantamento por conta das investigações dos ministérios públicos Federal e Estadual. Eles apuram denúncias de que empresários de ônibus dariam dinheiro a sindicalistas para incentivar paralisações e pressionar a prefeitura a elevar tarifas ou dar subsídios.
O levantamento da SPTrans também diz que, nos últimos dois anos e quatro meses, 2.287 ônibus foram danificados --23% da frota. Segundo Tatto, 928 (40%) foram atingidos por integrantes do sindicato dos condutores. O número inclui veículos que foram incendiados, depredados ou que tiveram os pneus esvaziados.
Pelos dados entregues ao Ministério Público, neste ano já houve 13 greves, atingindo 15,1 milhões de passageiros, com 660 ônibus danificados. O sistema deixou de arrecadar R$ 25,7 milhões.
A Folha não conseguiu contato com Edivaldo Santiago, presidente do sindicato dos condutores. Ele não respondeu aos recados deixados por volta das 18h.
Dossiê
O procurador Sérgio Gardenghi Suiama disse que pediria ontem à Receita Federal um dossiê de mais 13 sindicalistas que representam os motoristas e cobradores de ônibus e que foram acusados em depoimentos recolhidos pela Polícia Federal de terem recebido dinheiro extra de donos de viações.
Suiama, que já levantou as informações de seis diretores da entidade, pedirá ainda a quebra dos sigilos bancário e fiscal deles. Ele diz que, em alguns casos, a movimentação bancária "dobra, triplica ou quadruplica" após a posse na direção da entidade.
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Sindicato dos motoristas de SP fez 1 greve a cada 5 dias, diz Tatto
da Folha de S.PauloO sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo já realizou 178 greves parciais ou gerais durante a administração Marta Suplicy (PT) --uma a cada cinco dias, em média--, conforme levantamento entregue ao Ministério Público por Jilmar Tatto, secretário dos Transportes.
O relatório, feito pela SPTrans (empresa municipal que cuida do setor) a pedido de Tatto, também aponta que 58,7 milhões de viagens deixaram de ser realizadas desde janeiro de 2001 (equivalentes ao total de passageiros de 17 dias úteis) e estima em R$ 100 milhões os prejuízos ao sistema causados pelas ações dos sindicalistas --suficiente para a compra 700 ônibus, 7% da frota paulistana.
"Os dados mostram a indústria da greve em São Paulo", afirmou Tatto. Ele disse ter pedido esse levantamento por conta das investigações dos ministérios públicos Federal e Estadual. Eles apuram denúncias de que empresários de ônibus dariam dinheiro a sindicalistas para incentivar paralisações e pressionar a prefeitura a elevar tarifas ou dar subsídios.
O levantamento da SPTrans também diz que, nos últimos dois anos e quatro meses, 2.287 ônibus foram danificados --23% da frota. Segundo Tatto, 928 (40%) foram atingidos por integrantes do sindicato dos condutores. O número inclui veículos que foram incendiados, depredados ou que tiveram os pneus esvaziados.
Pelos dados entregues ao Ministério Público, neste ano já houve 13 greves, atingindo 15,1 milhões de passageiros, com 660 ônibus danificados. O sistema deixou de arrecadar R$ 25,7 milhões.
A Folha não conseguiu contato com Edivaldo Santiago, presidente do sindicato dos condutores. Ele não respondeu aos recados deixados por volta das 18h.
Dossiê
O procurador Sérgio Gardenghi Suiama disse que pediria ontem à Receita Federal um dossiê de mais 13 sindicalistas que representam os motoristas e cobradores de ônibus e que foram acusados em depoimentos recolhidos pela Polícia Federal de terem recebido dinheiro extra de donos de viações.
Suiama, que já levantou as informações de seis diretores da entidade, pedirá ainda a quebra dos sigilos bancário e fiscal deles. Ele diz que, em alguns casos, a movimentação bancária "dobra, triplica ou quadruplica" após a posse na direção da entidade.
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