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16/05/2003 - 03h43

PSB deverá rejeitar a filiação de presidente e diretores de sindicato

ALENCAR IZIDORO
CHICO DE GOIS
da Folha de S.Paulo

As denúncias contra integrantes da diretoria do sindicato dos motoristas de ônibus de São Paulo deverão dificultar a adesão deles ao PSB e os projetos políticos da entidade na disputa pela sucessão da prefeita Marta Suplicy (PT).

Edivaldo Santiago, 55, presidente do sindicato, e José Ilton Marçal Pereira, 40, e Geraldo Diniz da Costa, 42, dois diretores da executiva --formada por dez sindicalistas--, disseram à Folha no último mês que já haviam assinado suas fichas de filiação ao PSB.

A entrada no partido, segundo eles, também havia sido definida por mais quatro membros da executiva --Francisco Xavier da Silva Filho, conhecido por Chiquinho, Isao Hosogi (Jorginho), Paulo Cezar Barbosa (Paulão) e Jorge Luiz de Jesus (Febem).

O presidente municipal do PSB, Joel Cardozo, afirmou ontem que a filiação dos sindicalistas ainda não chegou ao diretório, que é o responsável por formalizar os registros nos cartórios eleitorais.

"A filiação definitiva precisa passar pelo crivo da executiva partidária. Se chegar aqui, a aprovação será muito difícil, ainda mais depois das denúncias veiculadas na imprensa", disse Anízio Batista, secretário-geral do PSB.

Batista explica que os 41 diretores zonais do partido disponibilizam as fichas de filiação, mas elas podem ser vetadas quando chegarem ao diretório. "Nesse intervalo, é só uma pré-filiação."

Joel Cardozo disse que a comissão do PSB que dá aval às filiações "é muito rígida". O presidente municipal da legenda diz nem sequer cogitar a possibilidade de os sindicalistas serem aceitos -até mesmo por não saber se realmente assinaram fichas de filiação. "É claro que eu não sei os votos dos 21 integrantes da comissão, mas, pelos últimos acontecimentos, seria muito difícil essa aprovação."

A ida da diretoria do sindicato dos motoristas e cobradores para o PSB foi articulada por Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, que também tenta aderir ao partido (apesar da resistência de alguns setores) ou ao PDT para entrar na disputa pela sucessão da prefeita Marta Suplicy, no ano que vem.

Os sindicalistas afirmam que a tentativa conjunta de entrar no PSB foi decidida para fortalecer a defesa dos interesses da categoria.

O presidente do sindicato, Edivaldo Santiago, que até meses atrás era filiado ao PMDB --em militar na prática--, admite que decidiu se engajar "com mais determinação" na vida política, mas nega oficialmente ter pretensões eleitorais -embora tenha dito a amigos, no ano passado, cogitar uma candidatura a vereador.

Santiago ficou conhecido por ter comandado uma greve geral de ônibus de nove dias em São Paulo, na gestão da ex-prefeita Luiza Erundina, que era do PT e hoje é uma das lideranças do PSB.

Ele diz não ter ressentimentos de Erundina, apesar das tensões entre sindicato e prefeitura no período. "Mas sinto que ela ainda guarda mágoa por tudo aquilo. Foram nove dias de greve. Hoje a gente faz dois dias e já querem nos botar na cadeia", diz Santiago, que iniciou a atividade sindical na CUT (Central Única dos Trabalhadores), rival da Força Sindical.


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