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15/08/2000
-
12h54
FABIANE LEITE
da Folha Online
O superintendente de operações da CPTM (Comapanhia Paulista de Trens Metropolitanos), Nilton Herculin, disse em depoimento à polícia na manhã desta terça-feira (15) que os freios pneumáticos (movidos a ar) da composição 127 deveriam segurar o trem por até 12 horas.
No dia 28 de julho, após ser paralisado por falta de energia, o trem 127 da CPTM, mesmo com os freios pneumáticos e de estacionamento acionados, perdeu o controle e bateu em outra composição, matando 9 pessoas e ferindo outras 104 na estação Perus, região noroeste de São Paulo.
A afirmação de Herculin contradiz a do secretário dos Transportes Metropolitanos, Claudio de Senna Frederico, que informou que os freios movidos a ar deveriam "segurar o trem por cinco horas".
No entanto, sindicância da CPTM apontou o maquinista do trem 127, Osvaldo Pierucci, como provável responsável pelo acidente por não ter calçado a composição.
O delegado Edvaldo Faria, titular do 46ºDP (Perus), que ouviu Herculin, está interessado em saber principalmente por que os freios não funcionaram. "Ele (o maquinista) disse que calçou o trem. Mas os freios também tinham o dever de segurar a composição. Estou interessado na questão dos freios", afirmou.
O delegado aguarda perícia do IC (Instituto de Criminalística) do Estado de São Paulo sobre os freios do trem.
No depoimento, Herculin afirmou ainda que a composição 127 foi revisada oito dias antes do acidente e que não foram encontrados problemas no trem.
O sindicato dos trabalhadores em empresas ferroviárias do Estado de São Paulo aponta que a falta de manutenção nos freios do trem pode ter causado o acidente.
O presidente da CPTM, Oliver Salles de Lima, admite que 20% das 350 composições da companhia não estão em boas condições.
O delegado está ouvindo neste momento o engenheiro responsável pelo CCO (Centro de Controle Operacional) da CPTM, Cláudio Sumida. Ele também deverá ouvir ainda hoje o engenheiro do setor de operação da CPTM Fernando Nunes.
Clique aqui para ler mais notícias sobre o acidente em Perus na Folha Online.
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Superintendente da CPTM contradiz secretário de Transportes
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O superintendente de operações da CPTM (Comapanhia Paulista de Trens Metropolitanos), Nilton Herculin, disse em depoimento à polícia na manhã desta terça-feira (15) que os freios pneumáticos (movidos a ar) da composição 127 deveriam segurar o trem por até 12 horas.
No dia 28 de julho, após ser paralisado por falta de energia, o trem 127 da CPTM, mesmo com os freios pneumáticos e de estacionamento acionados, perdeu o controle e bateu em outra composição, matando 9 pessoas e ferindo outras 104 na estação Perus, região noroeste de São Paulo.
A afirmação de Herculin contradiz a do secretário dos Transportes Metropolitanos, Claudio de Senna Frederico, que informou que os freios movidos a ar deveriam "segurar o trem por cinco horas".
No entanto, sindicância da CPTM apontou o maquinista do trem 127, Osvaldo Pierucci, como provável responsável pelo acidente por não ter calçado a composição.
O delegado Edvaldo Faria, titular do 46ºDP (Perus), que ouviu Herculin, está interessado em saber principalmente por que os freios não funcionaram. "Ele (o maquinista) disse que calçou o trem. Mas os freios também tinham o dever de segurar a composição. Estou interessado na questão dos freios", afirmou.
O delegado aguarda perícia do IC (Instituto de Criminalística) do Estado de São Paulo sobre os freios do trem.
No depoimento, Herculin afirmou ainda que a composição 127 foi revisada oito dias antes do acidente e que não foram encontrados problemas no trem.
O sindicato dos trabalhadores em empresas ferroviárias do Estado de São Paulo aponta que a falta de manutenção nos freios do trem pode ter causado o acidente.
O presidente da CPTM, Oliver Salles de Lima, admite que 20% das 350 composições da companhia não estão em boas condições.
O delegado está ouvindo neste momento o engenheiro responsável pelo CCO (Centro de Controle Operacional) da CPTM, Cláudio Sumida. Ele também deverá ouvir ainda hoje o engenheiro do setor de operação da CPTM Fernando Nunes.
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